Foi uma partida totalmente diferente da vivida contra o Defensor (URU), na última quinta-feira. O Fluminense que se impôs em campo contra os uruguaios passou longe do que foi visto neste domingo, contra o Bahia, pelo Campeonato Brasileiro. Se antes havia sido uma partida de ataque contra defesa, agora o gosto é de um empate amargo. A sequência de três jogos seguidos em casa não terá 100% de aproveitamento.
A pedra no caminho foi o Bahia e o placar virou uma rotina entre os clubes: foi o quarto 1 a 1 seguido entre eles em Campeonatos Brasileiro. O Fluminense segurou a vantagem até o minuto 35 da segunda etapa, mas cometeu três erros chaves para amargar o empate: falta de pontaria, substituições após lesões e retranca excessiva.
É possível dizer que o Fluminense não esteve em uma noite inspirada, mas também é preciso elogiar a postura do Bahia no Maracanã. Quando o Tricolor Carioca abriu o placar, eram os baianos quem estavam melhores na partida. O goleiro Júlio César já havia praticado duas grandes defesas antes de Pedro acertar um chute com categoria no ângulo de Anderson.
O Bahia foi melhor, principalmente pelo lado direito. O Flu corrigiu na segunda etapa, mas os problemas entraram em cena. A falta de pontaria poderia ter decidido a partida. Sornoza recebeu um belo lançamento na área, mas concluiu mal. Matheus Alessandro, que fez boa partida, recebeu um belo passe de Pedro, mas também errou na hora de ampliar.
Logo depois, as substituições por lesão. Gum deixou o gramado passando mal e deu lugar a Ibañez, Sornoza sentiu um desconforto muscular e foi substituído por Everaldo. A única tática foi quando Marcos Júnior deixou o campo para a entrada de Richard. Ficaram três volantes e três atacantes, com dois blocos distantes e um espaço entre eles que o Bahia aproveitou.
Acuado, o Fluminense se fechou cedo demais para garantir o 1 a 0 e viu a pressão aumentar. Parecia que o gol era questão de tempo, e a retranca excessiva resultou no empate com Edigar Junio, que aproveitou o erro de Ibañez. O placar se mostrou justo pelo que foi a partida, mas não deixa de ser ruim para o Tricolor, que passou a maior parte do tempo à frente no placar.
Apesar do empate e o sentimento de frustração, a sensação não é de terra arrasada. O próprio Marcelo Oliveira admitiu que as substituições foram clínicas e não táticas. Ou seja, o cenário poderia ser diferente. Tendo a Copa Sul-Americana como principal meta, o desejo dos torcedores é que a atuação contra o Defensor (URU) se repita e a com o Bahia sirva para aprender.