No Fluminense, a camisa 9 é sagrada por se tratar do artilheiro Fred. Contudo, quando o assunto é a também tradicional camisa 10, a situação fica um pouco mais desfavorável. Os últimos dois meias que vestiram ela - Ronaldinho e, posteriormente, Diego Souza - não completaram dez jogos pelo clube. Ambos atuaram pelo Flu nove vezes, e os números do segundo são melhores: enquanto Diego fez quatro gols e deu cinco assistências nesse espaço de nove jogos, Ronaldinho acabou saindo em branco no mesmo número de partidas.
Desde a saída do argentino Darío Conca (que jogava com o número 11, mas exercia o papel de articulador principal) que o clube busca a contratação de nomes caros e de reconhecimento nacional para a posição. Ronaldinho recebia R$ 400 mil mensais fora a remuneração variável com vendas de camisas e de outras ações comerciais. Diego Souza recebe R$ 450 mil mensais - valor do qual ele está abrindo mão de parte para acertar o seu retorno para o Sport.
O meia de 30 anos está deixando o time logo em um momento importante da temporada, com a semifinal da Primeira Liga já nessa quarta-feira. Para a partida, o técnico Levir Culpi já não irá contar nem com Diego Souza - de saída e que deve viajar logo para Recife - e nem com Fred, suspenso. Perdendo as suas referências técnicas na frente, ele deve definir o time no treinamento desta terça-feira.
Levir aceitou saída do meia
Diego Souza não teria sido liberado pela cúpula tricolor se o técnico Levir Culpi também não tivesse aceitado abrir mão do atleta. Desde que chegou ao clube, o comandante vinha insistindo na ideia de que via deficiências no elenco e que sentaria com o diretor de futebol - Jorge Macedo - para discutir possíveis saídas e chegadas de reforços. Nas duas partidas em que usou o time principal - clássicos contra Botafogo e Flamengo - Diego acabou substituído por Levir.