O empate contra o Vitória voltou a evidenciar a falta de poder de fogo do Fluminense, que sofre com a ausência de Pedro. Sem o camisa 9, o Tricolor precisou de gols contra nos duelos com Cruzeiro e São Paulo para marcar e, no Maracanã, ficou devendo mais uma vez. Em entrevista coletiva, o técnico Marcelo Oliveira analisou o momento ofensivo.
- Nos gols contra, eram jogadas criadas pelo Flu, então tem algum mérito. O Pedro estava em ótima fase, faz muita falta, mas como treinador temos que valorizar quem vai jogar. Acontece com outras equipes também. Gostaria de dizer que confio no Kayke, na possibilidade do Dutra jogar por dentro. Temos que criar outra situação na Sul-Americana. Era um jogo difícil. Esse jogo nos trouxe problemas mais defensivos do que ofensivos. Faltou felicidade, capricho e um pouco de competência para mudar o quadro - disse.
- Trabalhamos quando podemos, quando temos uma semana cheia. Tem sido cobrado. Hoje, diferente de outros jogos, criamos mais chances. Tivemos bola na trave, a cabeçada do Gum, que ele dificilmente erra. Teve um pouco de ansiedade. É entender que o futebol às vezes é assim. Talvez se fôssemos mais efetivos, mas não jogássemos bem, não estaríamos lamentando a derrota. Um gol mudaria a história. Acho que foi um bom jogo, lamento pelo resultado. Foi um jogo perigoso. Estou satisfeito com o rendimento, mas não com o resultado - completou.
Um jogador que ganhou a oportunidade como titular pela ausência de Junior Sornoza foi Luciano, atacante de origem. Marcelo comentou a atuação do jogador, que ficou apagado, e falou sobre a possibilidade de colocá-lo no lugar de Kayke.
- O Luciano é um atacante que pode jogar também como jogou. Ele chegou com mais de dois meses parado e teve uma contusão quando voltou. Agora, já recuperando, na ausência do Sornoza, ele foi escalado nessa função. Imaginávamos que o Vitória viria com um zagueiro de lateral-esquerdo e foi o lado que criamos mais. A tendência dele é crescer. Senti que ele estava desgastado e coloquei o Marcos Junior. A outra substituição que queria fazer era a saída do Dodi para o Junior Dutra, mas o Everaldo pediu para sair - falou.
- Para jogar em casa, não penso em usá-lo como camisa 9. Tentamos colocá-lo como atacante em dois jogos-treino e ele ficou um pouco perdido. Ele jogava no Corinthians como segundo atacante. A ideia não era armar tento atrás era ficar mais perto do Kayke. Vamos ver. Temos essa dificuldade sem o Kayke na Sula. As alternativas aparentemente são Pablo Dyego ou Luciano - finalizou.
Veja outros trechos da entrevista:
BAIXO NÍVEL TÉCNICO
- A gente tem que olhar o jogo hoje por vários ângulos. Na Copa vi jogos muito ruins. Acho que temos qualidades e dificuldades em vários aspectos. Esse jogo de hoje, se fizéssemos gols, seria um jogo muito bom do Flu. Apertamos o tempo todo contra um adversário fechado, criamos jogadas por dentro e cruzamentos. Mas o gol é a essência do jogo. Um gol mudaria o panorama, o Vitória sairia mais. Não demos chances, mas criamos e não conseguimos marcar.
KAYKE
- O Kayke não vinha jogando no Bahia e foi uma solução que apareceu diante da dificuldade de contratação. Ele está se adaptando. É o segundo ou terceiro jogo dele. Não adianta lamentar o Pedro. O Kayke é a solução, está treinando com empenho e tentando entrar em forma. Acho que vai nos ajudar.