Mário afirma que Flu não jogará em junho e diz: ‘Desrespeito atuar ao lado de um hospital de campanha’
Presidente do Fluminense ainda criticou a Medida Provisória assinada por Jair Bolsonaro alterando as regras de vendas de direitos de transmissão
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O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, voltou a criticar o recomeço do Campeonato Carioca no meio da pandemia do novo coronavírus. Enquanto Flamengo e Bangu abriam a quarta rodada da competição no Maracanã, o mandatário afirmou, em entrevista ao "Troca de Passes" que, além de não querer entrar em campo em junho, pedirá a troca de local. O estádio recebe um dos hospitais de campanha para tratar os infectados pela COVID-19.
- Vamos fazer um pleito na federação que mande nossos jogos no Nilton Santos ou em São Januário. Considero um desrespeito atuar ao lado de um hospital de campanha - disse Mário, que ainda rechaçou a possibilidade de atuar com público, mesmo que o governo libere.
- Não vamos reabrir o estádio. Mesmo que o decreto libere. Se entrarmos no Brasileiro e todos estiverem com o portão fechado, não acho justo que o Rio de Janeiro tenha portões abertos. Não queremos causar desequilíbrio na competição como estão fazendo com a gente. Se não houver decisão favorável para retornarmos no início de julho ou para ter 10 ou 15 dias de treino, não vamos jogar. O Flu não entra em campo dia 22 ou 25 em hipótese alguma - afirmou.
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Uma medida provisória assinada por Jair Bolsonaro nesta quinta-feira decretou que o direito de imagem do clube passa a ser do mandante do jogo. Essa mudança aconteceu após uma conversa do presidente da República com o mandatário do Flamengo, Rodolfo Landim, em Brasília. Antes, os dois clubes tinham que autorizar para que a partida fosse exibida. Mário Bittencourt criticou a mudança.
- Estamos indo na contramão das maiores ligas de futebol do mundo. Portugal, que tem negociação dessa forma, tem a maior disparidade entre os dois clubes maiores e o restante. Tem uma questão legal. Uma MP editada no meio de uma pandemia sem a participação dos clubes, sequer fomos consultados. Podemos definir que é válido? Sim, mas tem que ouvir todos. Já está errado pela maneira que foi feito.
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