Mário Bittencourt cita dificuldade financeira como motivo da venda de Luiz Henrique: ‘Dívidas a curto prazo’
Mário Bittencourt falou da rescisão do contrato de transmissão do Carioca e do pagamento de dívidas das gestões anteriores
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Neste domingo, Mário Bittencourt concedeu entrevista coletiva no CT do Fluminense. O presidente explicou a negociação com o Real Bétis, da Espanha, por Luiz Henrique e disse que a medida foi necessária, em razão da perda de receita dos últimos dois anos. Ele afirmou que a rescisão do contrato de transmissão do Carioca e dívidas anteriores à sua gestão condicionam o clube a vender seus jovens talentos.
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- Temos o seguinte cenário: depois da saída da empresa que transmitia o Carioca, em 2020, a gente recebeu pela rescisão do contrato, em 2021. Mas em 2022, essa receita zerou. Nos primeiros quatro meses do ano, não temos receita de televisão, e as do Brasileiro só começam em maio. Mesmo assim, e isso não é um crítica, quando a gente chegou em 2019, 100% das receitas de transmissão estavam comprometidas por empréstimos feitos por administrações passadas - comentou, antes de seguir.
- Hoje, temos 50% comprometidos. Todo esse cenário de falta de recursos, de dívidas a curto prazo, põe em risco a nossa sobrevivência. Por exemplo, temos 10 milhões para pagar de dívidas internacionais por compras de jogadores como Sornoza e Orejuela, que ainda temos parcelas importantes a pagar. A falta desse pagamento pode gerar o impedimento de transferências na janela do meio do ano, e nos retirar pontos das competições. Além disso, tem as parcelas do ProFut e vamos entrar no regime centralização das execuções - disse.
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O presidente também afirmou que as transferências são responsáveis por quase metade da receita de Laranjeiras, e que sem elas não seria possível manter a estabilidade institucional do Fluminense. Ele também pontuou que a folha salarial do atual elenco é baixa para os padrões do Brasil.
- É fato público e notório que 40% da nossa receita hoje, como publicamos no portal da transparência, vem da venda de jogadores. Em agosto de 2020, dei uma entrevista onde fui bastante criticado, mas não me arrependo. Disse que a solução era ter pelo menos 30% de jogadores da base no profissional, fazer com que eles performem e ao mesmo tempo sejam os ativos para que a gente possa vender, e não ter que se comprometer financeiramente. Graças a essas vendas, conseguimos pagar uma grande quantidade de dívidas, aumentar o fluxo de caixa, investir mais no futebol, e ano a ano ir montando um time. Acreditem vocês, dentro dos padrões nacionais, é bastante austero, com folha mediana. E ainda assim entregamos.
Além da rescisão do Carioca, Mário destacou que a perda de bilheteria durante a pandemia impactou as finanças do Tricolor e que o clube ainda está em processo de reconstrução. Ele citou a logística para jogos fora de casa como uma alta demanda financeira.
- A venda de jogador faz parte do planejamento. Existem duas janelas, a do meio e do final de ano, a melhor delas é sempre a do meio. Mas precisávamos fazer vendas no final do ano para suprir algo que não é de responsabilidade do Fluminense. Está prevista uma renda mínima de transferências para que a gente possa sobreviver. Em nenhum momento, pelo fato de melhorar a performance e o elenco, eu vim dizer a vocês que o Fluminense quitou as dívidas. A gente também ficou sem bilheteria por um ano, em razão da pandemia. Todas as receitas vão para custeio do funcionamento do clube como um todo. Só para vocês terem uma ideia, só esses confrontos contra o Olimpia e o Millonarios, nos custará mais de dois milhões de reais.
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