Mário Bittencourt se pronuncia sobre saída de Luiz Henrique do Fluminense: ‘É um sonho dele’
Presidente do Fluminense citou dificuldades financeiras como justificativa para venda de Luiz Henrique, e disse que o clube segue em reconstrução
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Após a notícia da saída de Luiz Henrique do Fluminense, Mário Bittencourt concedeu coletiva e explicou os motivos da venda, que vem sendo contestada pelo valor de 13 milhões de euros, considerado baixo por parte da torcida. O presidente tricolor afirmou que o contrato vinha sendo costurado desde o mês passado e que a transferência é necessária para a sobrevivência do clube.
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- O fato de a gente estar fazendo um excelente início de temporada e termos conseguido montar um bom time esse ano para disputar competições importantes, não significa que nós não sigamos em reconstrução financeira e do clube como um todo. Venho falando ao longo desses quase três anos em que aqui estou, que o clube precisa passar por um momento de reconstrução com medidas que nos entristecem ou impopulares às vezes, para que a gente possa seguir em frente, em razão do que a gente encontrou quando chegou. O passado interfere no dia a dia. Não é uma reclamação, mas uma constatação.
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O presidente do Flu disse que, entre diversos fatores para a transferência, o cancelamento das vendas de Nino e Gabriel Teixeira complicou a situação financeira do clube. Ele também disse que o camisa 11 estava há dois anos sem receber uma proposta.
- Do ano passado para este ano, recebemos a única oferta dos últimos dois anos pelo atleta Luiz Henrique. Naquele momento, tínhamos outras situações em aberto, em que a gente buscava fechar as operações do Nino e do Gabriel Teixeira. Falo dos últimos dois anos porque quando ele subiu para o profissional, recebemos ofertas baixas do futebol português, mesmo sem ser titular na época. Mesmo sem performar, a gente acreditava no potencial dele e por isso o mantivemos - disse.
Mário também rebateu críticas nas redes sociais e evitou comparar a venda do atacante com outras dos últimos anos. Ele ainda disse que o clube ainda vive asfixiado por transações feitas na gestão passada.
- Não gosto de fazer comparativos, como estão fazendo na internet, entre vendas de jogadores. Existem vendas melhores e piores, mas toda e qualquer venda depende de valor de mercado. E da situação e necessidade de quem vende. Em nenhum momento, falamos que ele vai agora. A gente corre o risco agora, com todas as dívidas a curto prazo, onde de 10 a 15 dias já temos dívidas pesadas a pagar na FIFA, por compras passadas, e que estamos cumprindo fielmente. A licitação do Maracanã se aproxima, o Fluminense precisa fazer um aporte financeiro e estamos em dia. Chegamos ao cenário de que precisávamos fazer vendas na última janela, que inclusive foi uma das piores nos últimos cinco anos em razão da pandemia.
Por fim, o mandatário explicou que o Fluminense não poderia esperar até o meio da temporada para abrir a negociação com o Bétis, em razão dos prazos para o pagamento de dívidas.
- Poderíamos aguardar até o meio do ano, acredito que ele sairia do mesmo jeito falando desportivamente, porque as propostas iriam chegar. Mas infelizmente talvez a gente não conseguisse esperar até lá. Por isso, o pré-contrato em fevereiro. Ele está ciente de tudo, o tempo inteiro, pela gente e pelos seus representantes. Ele só vai se ele concordar com tudo, e é um sonho dele jogar lá, sempre digo isso. As propostas salariais são estratosféricas para essa idade, ele tem quase 22 anos.
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