Em novembro, Michael conversou com os dirigentes do Fluminense, pediu para rescindir o contrato e o clube aceitou. Tudo caminhava para uma aposentadoria do atacante, que acenava com a possibilidade de abrir uma empresa de ar condicionado em Minas Gerais. Porém, um mês depois, o jogador decidiu recomeçar no futebol atuando pelo Estoril, de Portugal. Novamente na ativa, o atleta pediu desculpa aos tricolores pelos momentos conturbados vividos no clube.
- Quero pedir desculpas. Não são cinco ou seis pessoas que vão me agredir. A torcida é bem maior do que isso. Eu me dou bem com todo mundo. Companheiros, comissão. Sou grato a todos eles. Falava com todo mundo. Tenho que agradecer de coração por tudo o que fizeram por mim - revelou Michael, em entrevista à Rádio Globo.
Além do pedido de desculpas, Michael admitiu que precisa de ajuda para não ser novamente derrotado pelas drogas. O jogador é sempre lembrado por ter sido flagrado no exame antidoping pelo uso de cocaína. A punição imposta pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) terminou no dia 31 de agosto de 2015.
- Não me sinto um cara curado e nem livre disso. Tenho em mim que sou fraco perante isso e preciso de ajuda. Busco todas as alternativas para ficar o mais longe possível e me manter bem e com a cabeça boa. O meu corpo reage de um jeito e a cabeça de outra. Minha mulher é maravilhosa e tenho certeza que nada disso vai acontecer de novo - avisou, acrescentando.
- Quero ser feliz, se tiver que ser feliz aqui em Portugal, vou ficar. Tenho sonhos que não são tão grandes e nem absurdos. Fiz tantas coisas negativas e agora quero fazer positivas. A minha mãe me liga toda vez. É um passado que não vou apagar. Saiu no Jornal Nacional. Fico chateado pelos meus país. Claro que não vou esconder, mas as pessoas fazem questão de lembrar e isso é chato - encerrou.
No Tricolor, Michael atuou em 28 jogos pelo profissional e marcou oito gols - foram 10 vitórias, cinco empates e 13 derrotas. Fez sua estreia na categoria no dia 6 de junho de 2012.