O que explica jejum do Fluminense fora de casa? Listamos cinco razões
Tricolor venceu apenas duas das nove partidas que fez como visitante
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O Fluminense encerrou o primeiro turno do Brasileirão com sua pior campanha fora de casa nos últimos 10 anos, somando apenas sete pontos de 27 possíveis. No entanto, o time segue disputando na parte de cima da tabela por conta de seu desempenho como mandante (invicto em 10 jogos). O que pode explicar essa diferença?
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A última vitória do Flu longe de casa foi no dia 10 de maio, contra o Cruzeiro no Mineirão. Na ocasião, o Tricolor venceu por 2 a 0 com gols de Ganso e Germán Cano. Deste então, são mais de três meses sem vencer fora, isso considerando todas as competições. Analisamos os números do time de Fernando Diniz no Campeonato Brasileiro para encontrar possíveis razões que expliquem o baixo rendimento.
Defesa frágil longe de casa
Primeiramente, olhamos para a defesa tricolor. Ao analisarmos a estatística de gols esperados permitidos (xGA), a diferença nos números é exorbitante. Em casa, o Fluminense cedeu um total de 7.2 xGA em 10 jogos, a segunda menor marca entre os 20 times (atrás apenas do Palmeiras). Já fora, a situação é oposta: são 17.8 xGA em nove partidas, sendo a segunda pior defesa no quesito em todo campeonato.
A estatística de gols esperados é uma métrica que soma as probabilidades de cada finalização ser convertida em gol. Ou seja, quanto mais provável de um chute entrar, mais "esperado" ele é e, assim, pode-se analisar o quanto um time cria (xG a favor) ou permite chances (xG contra/permitidos). O modelo de gols esperados utiliza uma base de dados com milhares de finalizações de características semelhantes àquela avaliada para fazer o cálculo da probabilidade de conversão.
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Ausências no setor defensivo
Uma das razões para os números ruins da zaga é a quantidade de desfalques. Nos seis jogos disputados como visitante desde a vitória sobre a Raposa, o Flu não teve o quarteto titular completo em nenhum. Marcelo, com lesão na panturrilha, ficou fora dos jogos contra Botafogo e Corinthians; no empate com o Goiás, Samuel Xavier e Felipe Melo estavam suspensos; contra o São Paulo, Nino foi quem ficou fora, também por suspensão, e no último domingo, na derrota para o Grêmio, Felipe novamente não jogou.
Erros individuais
Além das ausências, outro motivo para a sequência ruim são os erros capitais. Durante as seis partidas citadas, o Fluminense levou três gols após perder a posse na defesa. Diante do Corinthians, Ganso forçou um passe que, após ser interceptado por Gil, gerou o contra-ataque para o primeiro gol dos paulistas; contra o Goiás, Martinelli foi quem falhou, perdendo controle da bola e sendo desarmado por Palacios, em lance que originou pênalti para o Esmeraldino; por último, mais um erro de PH Ganso, desta vez contra o Grêmio, errando outro passe que levou ao gol da virada dos gaúchos.
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Bola aérea
A bola aérea também é enorme preocupação na defesa tricolor. Dos 10 gols sofridos no período analisado, seis vieram pelo alto. O gol da vitória do Botafogo, marcado por Victor Cuesta, e o de empate do Goiás, por Alesson, tiveram origem em escanteios. Os dois de Róger Guedes, pelo Corinthians, foram de cabeça. Além disso, contra São Paulo e Coritiba, o time também sofreu gols originados de cruzamentos.
Pontaria em falta
Já no ataque, o problema está na pontaria. Nas seis partidas analisadas, o Fluminense finalizou 76 vezes, acertando o gol em apenas 34 oportunidades, cerca de 45%. No quesito bola na rede, foram apenas três no período. Ou seja, arredondando, o Tricolor faz um gol a cada 25 finalizações. É inegável que, mesmo fora de casa, o time de Fernando Diniz continua tendo a bola e criando chances, no entanto, falha em converte-las em gols.
*MAURÍCIO LUZ colaborou sob a supervisão de Tadeu Rocha
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