Fred poderia ter se tornado o maior artilheiro do Fla-Flu no novo século. Invicto até então, Diego Souza poderia, pela primeira vez, ser protagonista no clássico. Só o que não deveria acontecer, no lado Tricolor, era uma pausa na sequência de um time que ainda busca a afirmação na temporada. A goleada sobre o nada selvagem Tigres o Brasil e a vitória maiúscula diante do Cruzeiro, em Belo Horizonte, não foram combustáveis suficientes. E o Fluminense acabou derrotado no duelo que abriu as atividades do Campeonato Carioca fora do Estado.
Novidades, Renato Chaves e Léo Pelé deram um toque de desentrosamento à zaga. Na tentativa de ajudar este último a parar o lateral Rodinei, Marcos Junior não teve êxito.
O lado esquerdo da defesa tornou-se a avenida de um Fluminense que, se não dominou a partida, teve as chances mais claras até Willian Arão mudar a história do confronto. Ainda que a bola possa ter saído durante a cobrança de escanteio que resultou no primeiro gol, Fred e Diego Souza vacilaram na marcação. Erro assumido pelo atacante da camisa 9.
No retorno do intervalo, Eduardo Baptista buscou corrigir e pôs o volante Douglas no lugar de Léo. Assim, Gustavo Scarpa migrou para a lateral e Cícero avançou no meio de campo.
Porém, o "azarado" Henrique não foi valente a ponto de impedir a antecipação seguida de cabeçada de Guerrero. Scarpa, de falta, deu esperanças. Mesmo com dez - Marcos Junior (FLU) e Cuéllar (FLA) receberam o vermelho no mesmo lance -, o Flu disputou os últimos minutos com um jogador a mais, já que Wallace também deixou o gramado mais cedo. Não resolveu. Baptista vai terá trabalho pela frente. A tarefa agora é não permitir um longo abalo da equipe após o revés.