‘Papito’ Odair prega ambiente de trabalho prazeroso no Fluminense
Ideia do treinador é repetir o modelo adotado no Internacional e fazer com que cada jogador se sinta importante dentro do grupo e realize as atividades motivado
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O treinador Odair Hellmann foi apresentado como novo comandante do Fluminense, na última quinta-feira, e já definiu ao menos uma prioridade. O catarinense de 42 anos quer construir um ambiente de trabalho prazeroso e de confiança no clube para que os jogadores venham trabalhar motivados. Conhecido pelo apelido de "Papito" nos bastidores do futebol, Odair quer ser tido como um pai, que dá amor, mas não tem medo de dizer verdades incômodas, quando necessário. A fórmula, segundo ele, deu certo no Internacional.
– O bom ambiente de trabalho é o que eu mais prezo. O jogador tem que vir trabalhar com prazer e eu, como treinador, tenho que construir esse ambiente. Um ambiente em que o atleta venha trabalhar feliz. Conseguimos isso no Internacional durante um ano e onze meses. É isso que planejo conseguir no grupo do Fluminense, independentemente do momento de cada um, se ele é ou não titular, porque o futebol é momento. Que todos os jogadores se sintam importantes dentro do grupo – explicou Odair.
O apelido curioso surgiu ainda nas categorias de base do Colorado, quando o treinador viu um filme, cujo nome não lembra, em que o personagem mais feliz da história chamava os outros de "Papito". Desde então, passou a repetir no dia a dia o que havia visto nas telas e a pregar um ambiente de positividade e confiança, quando está em atividade no futebol.
– Uso sempre a frase 'Mais vale um pedacinho da vitória do que o todo de uma derrota'. Isso não significa que não exista cobrança. É uma relação de pai e filho. Amo meus filhos, mas também digo não para eles quando é preciso, dou bronca, sem deixar de gostar. A verdade é o caminho mais curto para se estabelecer uma relação de maior confiança. É assim que eu trabalho. Sou assim como pessoa. Não sou uma pessoa pela frente e outra nos bastidores. Na hora da derrota é que eu quero estar mais junto, que procuro dar mais força. Esse é meu método, acredito muito nisso e consegui resultados assim. É desse modo que vou trabalhar – completou.
Odair tem ainda uma carreira curta como treinador para comprovar a efetividade do método que adota, mas quando foi demitido do Internacional, em outubro, um grupo de jogadores chegou a se reunir com a diretoria para pedir a permanência dele no cargo.
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Ter um treinador com a postura mais acolhedora e preocupada com o lado humano dos atletas não será exatamente uma novidade no Fluminense. Em 2019, a equipe principal foi comandada por profissionais com essas características.
O Tricolor iniciou o ano com Fernando Diniz. O treinador de 45 anos gostava de manter uma relação mais próxima com atletas e tinha a fama de conseguir extrair o melhor desempenho de alguns deles, apenas na base das conversas e demonstrações de confiança. Quando foi demitido, em agosto, muitos jogadores tricolores manifestaram solidariedade e gratidão publicamente. A insatisfação com a saída de Diniz, teria sido, inclusive o principal fator para que o sucessor Oswaldo de Oliveira tivesse dificuldades de colocar ideias em prática e da má relação com alguns integrantes do grupo, como Ganso.
A efetivação de Marcão, auxiliar técnico identificado com o clube e querido por grande parte do elenco, retomou um pouco o estilo mais acolhedor e incentivador de Diniz. Com ele, o Tricolor conseguiu se livrar do rebaixamento e garantiu uma vaga na Copa Sul-Americana.
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