Flu reforça ‘pés no chão’ e nomes de peso só chegarão em casos extremos
Além do presidente Pedro Abad, o gerente geral Marcelo Teixeira e o gerente de futebol Alexandre Torres participaram da entrevista coletiva no CT Pedro Antonio
O presidente Pedro Abad, o gerente de futebol Alexandre Torres e o gerente geral Marcelo Teixeira tocaram em vários assuntos durante a coletiva desta quinta-feira, no CT Pedro Antonio, mas, em resumo, a diretoria do Fluminense reafirmou a política de austeridade financeira e deixou claro que a chegada de reforços de peso para esta temporada não está entre as prioridades do clube.
O presidente e os diretores explicaram que, se necessário, o clube das Laranjeiras resolverá as carências do elenco de "forma caseira". Seja em Xerém, nas categorias de base do Fluminense, seja repatriando jogadores emprestados ou buscando atletas no STK Flu Samorin, filial tricolor na Eslováquia.
- Essa é uma mensagem importante para passar para o torcedores. Todos os projetos que temos visa diminuir investimentos em atletas que estão fora do clube. A ideia é investir em jogadores do clube. Todo investimento que fazemos na base não pode ser ignorado. Temos um elenco forte, vitorioso, e que confiamos muito neles. Abel, Torres, comissão técnica, todos. Reposição só vai ser em casos extremamente necessários - comentou o presidente Pedro Abad, que teve o discurso reforçado por Marcelo Teixeira, gerente geral da base:
- É preciso cuidado na hora de gastar dinheiro. É um ano difícil, a condição nos impede de contratar um certo tipo de jogador, por isso temos que apostar nos nossos projetos. Existe um trabalho sendo feito para que as finanças sejam saneadas e para que num futuro tenhamos uma situação que vai se reverter. Desde que a gente trabalhe com responsabilidade - comentou o dirigente.
Nem mesmo a lesão do equatoriano Sornoza, operado nesta semana e que desfalcará o Fluminense nos próximos três meses, de acordo com o departamento médico do clube, fará a diretoria buscar algum reforço de peso no mercado internacional ou nacional.
- Toda perda de jogador remete a necessidade de reposição. Mas nós já temos jogadores identificados que podem fazer tal papel dentro do elenco. Scarpa está voltando, Abel sabe escolher o melhor esquema para encaixar os jogadores que temos. A priori não vem reposição do Sornoza do mercado externo. Pode ser interno, da base e dos nossos projetos - explicou Abad.
Confira outras respostas da diretoria do Fluminense nesta quinta-feira:
Abertura de Pedro Abad
Não vou entrar em números. Hoje estamos aqui para falar de todos os projetos do Fluminense, como eles andam, as expectativas e para onde vão. Não estamos aqui para lamentar e sim para passar uma mensagem positiva aos torcedores. Estamos confiantes. Nossa intenção é deixar o público em geral e o nosso torcedor informado.
Abertura de Marcelo Teixeira
Estamos em maio, quase meio do ano. Já passou uma quantidade de jogos relevantes, fomos vice-campeões estadual. Hoje, quando me preparei para a entrevista, me lembrei do primeiro momento em que nos três estivemos juntos pela primeira vez, na apresentação do Torres. Começamos a apresentar um projeto, uma ideia de trabalho, que já vinha sendo construída no passado, e com a chegada do presidente Abad ganhou força. Chegaram os comandantes. Primeiro o Abel, com sangue tricolor nas veias, e depois outro ex-atleta do clube, que é o Alexandre Torres. Formamos uma base muito forte. Desde então muita coisa aconteceu. Fluminense joga um futebol bacana, uma equipe jovem. Queremos relembrar o que foi falado e que vamos seguir neste caminho, mas está havendo novos investimentos na base. O Fluminense tem uma dificuldade financeira, que não nos deixa fazer grandes investimentos, mas há um planejamento para conseguir superar. A convicção de um bom trabalho e de um bom ano aumentou ainda mais. Abel e o Torres estão aí para confirmar isso. Estamos em um caminho diferente de muito clubes brasileiros.
Abertura do Alexandre Torres
Estou mais ligado ao futebol profissional, com os profissionais aqui do CT, tivemos alguns sucessos dentro de campo, como revelação de alguns jogadores que ninguém conhecia no início do ano. Apesar de todas dificuldades que já foram colocadas, o clubes está se esforçando, avançamos na área da fisiologia, por exemplo. Tudo está funcionando e eu sou daqueles que nunca acho que está tudo bem ou tudo ruim. Temos que procurar melhorar mas sem se apavorar com qualquer coisa. Temos uma estratégia que qualquer jogador do Fluminense represente o clube entenda a grande do clube e acho que isso é o mais importante nesse momento e temos conseguido fazer. A comissão técnica tem feita ótimo trabalho, as homenagens a Abel são merecidas e vamos continuar a temporada tentando melhorar a performance do time e em busca do Brasileirão, que é o que o torcedor quer. É difícil, mas já mostramos nosso qualidade neste início de Brasileirão.