Preparador físico do Flu detalha orientações para os jogadores durante paralisação do futebol
Marcos Seixas falou quais foram as recomendações para as atividades dos jogadores em casa e revelou preocupação com a falta de uma previsão de volta dos trabalhos coletivos
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Com a paralisação do futebol brasileiro e a suspensão das atividades do departamento de futebol do Fluminense, devido à pandemia do coronavírus, os jogadores do clube foram forçados a tentar manter a forma física e a rotina de treinamentos dentro de casa. Mas o clube das Laranjeiras, é claro, não deixou de auxiliar os seus jogadores neste momento. Profissionais de diversos departamentos do futebol do Tricolor estão acompanhando os atletas diariamente e fizeram um planejamento de atividades para manter os jogadores focados e saudáveis.
Entre estes setores que acompanha os jogadores, está, é claro, a fisiologia e a preparação física. Marcos Seixas, preparador físico da equipe profissional do Fluminense, detalhou quais têm sido as orientações passadas ao elenco e como tem funcionado esse processos à distância.
- Nossas principais orientações para os atletas nesse período de quarentena tem sido basicamente para eles se manterem ativos. Temos enviados treinamentos específicos para eles, do ponto de vista neuromuscular e cardiovascular. Temos feito algumas planilhas e slides com treinamentos funcionais, exercícios de estabilização, fortalecimento local, associados a alguns treinos aeróbicos. Essas são as nossas recomendações para esse período, para que ele não entrem em "destreinamento" - afirmou Seixas, antes de completar:
- Nós não queremos, nesse momento, que eles percam a sua condição física adquirida nos últimos meses com nossos treinamentos e nossos jogos. Nosso objetivo é esse.
Os jogadores do Fluminense não atuam desde o último dia 15, quando a equipe fez 2 a 0 no Vasco, no Maracanã. Logo no dia seguinte, as atividades já foram suspensas e os jogadores começaram o isolamento em casa. Para o preparador físico, por mais que eles se exercitem em casa, a falta de treinos coletivos pode gerar problemas na volta as atividades.
- Essa perda considerável que ocorre a partir de duas semanas de inatividade vai ser acentuada principalmente por conta de eles não estarem realizando os treinamentos específicos do futebol, com bola, em grupo, treinamentos coletivos em espaços maiores, treinamentos de força específico da maneira que a gente tá acostumado a fazer, voltados para a prática do futebol. Isso que vai gerar a maior perda, provavelmente, a partir da segunda semana.
Outro fator que gera preocupação para Marcos Seixas é a falta de uma previsão de volta as atividades coletivas. Com a suspensão das competições por prazo indeterminado, o planejamento do trabalho fica comprometido.
- É uma situação que a gente nunca viveu, apenas por conta de paradas relativas a Copa América ou Copa do Mundo, mas nesses períodos nós sabíamos quanto tempo a gente ia ficar parado. E agora a gente não sabe. Essa que é a grande diferença e o agravante da situação. Não sabemos quanto tempo iremos ficar parados e, quando voltarmos, não sabemos em quanto tempo teremos que estar prontos para disputar a primeira partida oficial. Esse é o grande dilema. Espero que essa situação não se estenda por muito mais tempo e que assim que nós retornarmos aos treinamentos com o grupo, que a gente tenha a oportunidade de ter um período para treinamento coletivo com o grupo antes de iniciar as competições - finalizou Seixas.
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