Reclamação sobe, rendimento desce: finanças em crise aumentam dor de cabeça no Flu
Jogadores reclamam de atrasos salarias, crise interna aumenta e rendimento dentro de campo cai. Fluminense completou cinco jogos sem vencer e sem marcar gols
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Dois meses de salários atrasados. Cinco meses de direito de imagem não quitados. Promessas da diretoria não cumpridas. Ausência de Pedro Abad cobrada pelos atletas. Cinco jogos sem vencer e sem marcar gols. Esses são apenas alguns dos aspectos da crise vivida pelo Fluminense, que recai sobre os jogadores e o técnico Marcelo Oliveira.
O clima após o empate sem gols com o Ceará, na última segunda-feira, é de um clube à procura de uma luz no fim do túnel. Com a temporada chegando ao fim, o rendimento do Flu tem caído à medida que as reclamações vão aumentando. Mesmo que não seja clara ou direta a influência, cada vez mais os envolvidos externam o quanto os problemas financeiros atrapalham.
Cenário quase unânime é de insatisfação com problemas salariais. Sensação é que Marcelo Oliveira faz o possível para controlar uma bomba. Jogadores reclamam, deixam em aberto que interfere, mas adotam discurso de foco mantido. #lanceMARACA
— Marcello Neves (@mneves_) 20 de novembro de 2018
- É difícil jogar e se preocupar com o fora de campo. A gente não é sem vergonha como a torcida falou. Os salários estão atrasados e a gente treina todos os dias. A direção se esforça, mas prefiro não comentar sobre a pessoa do presidente. O Fluminense é uma grande equipe. Sou profissional e procuro estar concentrado sempre. Prefiro não falar da pessoa e do trabalho do presidente. O conheço faz pouco tempo - declarou Luciano.
- Tentamos a vitória, mas não deu. Teremos dois jogos complicados fora de casa. A situação financeira é triste. Um clube como o Fluminese não pode passar por isso. A gente tem família, tem conta. Mas vamos fazer de tudo para manter o time na Série A - disse Airton.
- A diretoria acaba dando a palavra que vai pagar. Sabemos da dificuldade do clube. Respeitamos, mas não adianta acreditar na palavra, temos nosso direito. Temos contas para pagar, mas quando entramos em campo tentamos esquecer isso e ajudar - falou Ayrton Lucas.
- É triste. Não desejo isso para ninguém. Acho que é uma realidade não só do futebol, mas do país. Tem trabalhador ganhando um salário mínimo e está com dois meses atrasado. É chato, triste, espero não passar mais por isso, mas hoje a situação é essa. A diretoria pede para continuarmos mantendo o foco. Sabemos que eles estão correndo atrás. Conseguimos força no nosso grupo - falou Igor Julião.
Discurso dos jogadores que param para falar mostra que os problemas salariais atrapalham sim o rendimento do time #lanceMARACA
— Luiza Sá (@luizasabg) 20 de novembro de 2018
Há dois meses, Richard já havia reclamado publicamente sobre os atrasos salariais e cobrou um prazo da diretoria. Na semana passada, Marcos Junior cobrou uma posição dos dirigentes e Paulo Angioni foi até a coletiva para classificar a cobrança como "legítima". Mês após mês, uma bola de neve vai tomando conta das finanças e interferindo diretamente no elenco.
A insatisfação do elenco do Fluminense aparece no pior momento possível: faltando três jogos para o término do Campeonato Brasileiro e com cinco pontos de distância da zona de rebaixamento. Além disso, precisando reverter uma desvantagem de dois gols contra o Atlético-PR, na Copa Sul-Americana. Enquanto isso, esperasse uma solução. O prazo se encerra no final do mês para ambas as competições.
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