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Respaldado no Fluminense, Diniz evita projetar futuro e Seleção Brasileira

Treinador já foi dado como possível substituto de Tite, mas é visto como fundamental no planejamento do Tricolor

Flamengo x Fluminense - Diniz
imagem cameraDiniz, durante o clássico entre Fluminense e Flamengo (Foto: Mailson Santana / Fluminense FC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 20/09/2022
13:32
Atualizado em 20/09/2022
13:46

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Sensação do momento, Fernando Diniz tem contrato com o Fluminense apenas até o fim do ano. Respaldado pela diretoria, que deseja mantê-lo para a próxima temporada, o treinador falou sobre a possibilidade de substituir o técnico Tite no comando da Seleção Brasileira após a Copa do Mundo. Ao "Bem, Amigos!", do SporTV, o treinador afirmou que o pensamento está apenas no Tricolor.

- Difícil falar. Na imprensa pode ser que sim (seja considerado o substituto de Tite), mas é uma coisa que eu não penso agora, penso só no Fluminense. As coisas na minha vida aconteceram naturalmente. Eu não fico pensando muito para frente. O sentimento que eu tenho pelo Fluminense é o mesmo que eu tinha desde que eu iniciei. Vou procurar fazer o melhor que eu posso fazer e as coisas vão acontecer do jeito que elas devem acontecer - declarou.

Veja a tabela do Campeonato Brasileiro

​Na última semana, uma reportagem do jornal "Marca", da Espanha, afirmou que a CBF já havia procurado informações sobre Diniz para assumir a Seleção no ano que vem, algo negado pela entidade. No Fluminense, o treinador é visto como fundamental e, no que depender do clube, o contrato será renovado para 2023. Mesmo com a eliminação na semifinal da Copa do Brasil, a diretoria já faz planos.

Vale lembrar que é ano eleitoral no Flu. O presidente Mário Bittencourt, caso reeleito, irá manter Diniz. Os pré-candidatos Ademar Arrais e Marcelo Souto também trabalham com essa linha de pensamento. O processo acontece na segunda quinzena de novembro, conforme determina o Estatuto do clube.

VEJA OUTRAS DECLARAÇÕES DE DINIZ NO PROGRAMA:

GANSO

– Cheguei no Fluminense (em 2019) com o Ganso sendo reserva. Era para ter disputado uma Copa do Mundo. Faltou alguém para dizer que ele correr e ser solidário é necessário. Ouvimos a vida inteira que craque não corre, mas isso não existe. Ganso é um cara que clareia tudo. É um gênio que vemos jogando.

– Sempre que ele está correndo mais, ele está jogando melhor. Ganso é um orgulho. É um cara muito especial. Ele pode transparecer uma apatia que não existe. Ele é muito generoso. Inclusive aproveitar para mandar parabéns para o filho do Ganso, o Gansinho. Quero (que o Ganso) coloque a genialidade dele para fora cada vez mais.

DINIZISMO

- Tem que saber. Do jeito que eu coloco para jogar e treinamos, eu uso uma metáfora. Igual o cara que anda na corda bamba, se eu for andar eu vou cair. Mas o cara que anda constantemente vai ser um espetáculo, vai ser um show. A gente treina para fazer aquilo exaustivamente. E a tomada de decisão é do jogador. Quanto a rifar a bola, nós perdemos a classificação para o Corinthians por duas bolas que não precisávamos. Uma que o Michel Araújo chutou sem precisar. E uma que o Fábio chutou com chances de passes. Temos mais sucesso do que fracasso.

– O jeito que a gente tem (manter a bola) segue uma metáfora da corda bamba. Quem anda as vezes, vai cair. Quem treina, dá espetáculo. Sobre rifar a bola, rifamos duas bolas contra o Corinthians que não precisava. Levamos dois gols. Nosso time é feito para chutar a bola também. Mas queremos que as pessoas aprendam que o novo tem que dar certo. As vezes, o novo não dá certo. Mas temos que ter coragem para experimentar. Se não você vai se acovardar.

SÃO PAULO

- O São Paulo perdeu o campeonato por outros fatores (não pelo estilo de jogo). Acho mais justo falar que chegou onde chegou por jogar daquele jeito. Acho que o time teve problemas relacionais. O São Paulo era harmônico, não era só um trabalho do treinador. Mas quando o castelo desmoronou, todo mundo sentiu. Quem entrou tinha criticado muito o trabalho dos jogadores. O momento era de pensar no São Paulo. Minha postura hoje, talvez, seria diferente. Mas não foi.

ANDRÉ

– Para mim, ele está entre os melhores jogadores do futebol brasileiro, seguramente. Acho que o futuro dele é uma estrada aberta e muito brilhante. Ele consegue jogar num nível muito alto e você vê ele duelando com grandes jogadores que têm no Flamengo e Palmeiras. É um cara que está praticamente pronto para vingar. Minha projeção para o André é ele ir para a Europa, brilhar na Seleção e ser convocado para a Copa do Mundo.

– Quando um jogador desse tamanho não joga, temos que quebrar a cabeça para que ele não faça falta. Mas ele faria falta em qualquer time do Brasil. Isso não é demérito para nenhum. Mas o momento do André é esse. O Nonato foi crescendo aqui e estava num nível muito alto. Não sabemos ainda quem entra no lugar do André quando ele, eventualmente, sair do Fluminense. Mas é um jogador que está entre os melhores do Brasil, independentemente da posição.

GUARDIOLA

- Maneira de ele (Guardiola) ter a bola é o oposto da minha, Diniz. Por gostar de ter a bola, obviamente as pessoas me associam ao jeito do Guardiola jogar, mas para por aí. Porque a maneira dele ter a bola é quase o oposto da minha. É um jogo mais posicional, que se chama hoje. Os jogadores respeitam muito a posição e a bola vai no espaço. Os jogadores obedecem um determinado espaço para ficar e se movimentar dentro daquele espaço, e a bola chega até esse espaço. O jeito que eu vejo futebol nesse momento é quase que "aposicional".

- Os jogadores conseguem migrar mais de posição, o campo fica mais aberto e o jogo fica mais livre. Em determinados setores do campo a gente se aproxima. Um é um jogo mais preso dentro das posições e o outro mais livre.

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