Roger Machado é apresentado e ressalta sua história no Fluminense: ‘Momento esperado por muito tempo’
Treinador assina contrato de dois anos com o Tricolor e exalta experiência em Libertadores como trunfo para a temporada
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Confirmado nos últimos dias, o técnico Roger Machado iniciou sua primeira passagem pelo Fluminense de forma oficial neste sábado. Com contrato válido por dois anos, o autor do gol do título da Copa do Brasil de 2007 falou sobre a escolha por trabalhar no Tricolor. Ele chega com uma comissão técnica própria formada pelos auxiliares Roberto Ribas e James Freitas, além do analista de desempenho Jussan Anjolin Lara, que já o acompanhavam em trabalhos anteriores.
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- Esse momento foi esperado por muito tempo. Ser anunciado como treinador do clube depois de 13 anos e três como atleta profissional do clube. Tendo tido parte importante da minha vida aqui. É um prazer, sei o desafio que tenho e da responsabilidade. Mas dando continuidade ao trabalho que tem sido feito, temos a possibilidade de seguir construindo a história com conquistas, é uma honra estar de volta. Com muita disposição e trabalho vamos continuar construindo a história do Fluminense - disse o treinador.
- O fator decisivo do que me trouxe até aqui foi entender que o planejamento e o projeto que o Paulo e o Mário me mostraram, passei a entender que era o que eu gostaria de fazer neste momento. Poder ajudar a reformular o clube, disputar competições importantes, trabalhar com o que eu entendo que seja uma combinação importante de Xerém e jogadores mais vividos que dão mais qualidade. Não posso deixar de dizer que emocionalmente teve uma decisão forte. Poder me relacionar com pessoas que estão aqui, dando continuidade ao que eu, durante três anos, vivi. Foram motivações profissionais, mas o coração falou bem alto - completou.
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Roger Machado tem história no Fluminense. Gaúcho, ele encerrou a carreira como jogador pelo clube carioca em 2008. Entretanto, seu nome está marcado pelo gol do título da Copa do Brasil, em 2007. Foram 123 jogos e 10 gols marcados entre 2006 e 2008. A identificação com o Flu, aliado à possibilidade de trabalho com os jovens, algo imprescindível no Tricolor, pesaram a favor do treinador. Ele estava sem clube desde que foi demitido do Bahia em setembro de 2020.
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CARA DO TIME
- O time tem que ter a cara que o torcedor deseja para ser representado. Um time competitivo e que saiba jogar um bom futebol. Com conceitos atuais e modernos que o futebol mundial está construindo, com linhas próximas, agressividade no campo de ataque, buscando o gol. Isso parte do material humano que tem no time, o que tenho visto nos dias que estou aqui, temos uma capacidade de não só ter uma forma de jogar, mas construir alternativas que mudem o modo de jogar. Vamos construir uma equipe que vai buscar a vitória. Essa construção é diária. Teve um bom trabalho do Marcão, terei ele ao meu lado, nossa cara se assemelha muito ao que ele estava construindo.
LIBERTADORES
- Me considero um profissional experiente em Libertadores. Tanto como jogador quanto como treinador. É uma competição particular, não à toa os clubes querem participar. Vejo que o ano como acabamos e o nível de futebol que temos nos dão um otimismo grande. A amostra dos jogadores de Xerém nos animou a ponto de criar a expectativa do que vamos enfrentar na Libertadores. Associando ao peso de atletas mais experientes e vividos. Isso me deixa tranquilo de entrar na competição sabendo que temos força para vislumbrar um futuro mais longo na competição. A história mostra isso. É um torneio duro, disputei sete ou oito como jogador, venci a primeira, achei que era fácil, mas vim disputar uma nova final 13 anos depois aqui nesta casa. Essa trajetória me dá uma experiência importante de entender a competição e saber que temos muita chance de estar em uma final, disputar fases importantes. Organização é importante no futebol taticamente, mas o que define é o talento.
- Essa experiência que acumulei me dá capacidade de enxergar alguns problemas. Claro que a continuidade do trabalho do Marcão atenua os problemas. Ter um time com jovens dá outra estrutura e suporte. Há a continuidade de uma temporada para outra, sem interrupção. O pouco descanso emocional, não só o físico. A sequência de jogos e aquela paralisação. Não foi uma temporada regular, o período com o campeonato e a densidade dos jogos, isso tudo impacta do ponto de vista emocional. A recuperação neurológica às vezes é mais dura que a física. Nas preliminares, pegar um time em altitude pode dificultar, mas pode ser atenuado pela continuidade da temporada. Sobretudo a juventude do grupo associada às lideranças é algo a nosso favor. Poder contar com a irresponsabilidade do jovem, torna esse trabalho mais prazeroso. Gosto de trabalhar com a juventude porque tem uma margem grande. O experiente é muito importante porque com 20 anos na Colômbia meu time levou gol com menos de 20 minutos e a primeira reação é procurar o mais velho.
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