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Roger nega conversa com Metinho, exalta Nene e vê André próximo de ter chances no Fluminense

Treinador ainda ressaltou a dificuldade de jogar contra equipes do técnico Fernando Diniz e exaltou o resultado do Flu no Maracanã


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O Fluminense segue invicto no Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, o Tricolor teve trabalho, mas contou com noite inspirada de Marcos Felipe e um gol de Nene, que completou o centésimo jogo pela equipe, para vencer o Santos por 1 a 0, no Maracanã. Após a partida, o técnico Roger Machado exaltou o meia, que vem sendo criticado pela torcida e ressaltou a longevidade do atleta de 39 anos.

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- É muito importante. A longevidade do atleta está relacionada à qualidade que ele consegue ter na carreira. O Nene jogou metade ou mais da metade da carreira fora do Brasil. Dificilmente um jogador que atua no futebol nacional terá condição de chegar aos 40 anos com a energia que ele tem. Porque eu joguei até os 34, acabei a carreira com diversas cirurgias. Se arrebenta o jogador com esse calendário. Fisiologicamente ele não tem 39, deve ter 34 ou 35 anos - elogiou Roger.

- Recebi um relatório de um mês e ele faz o mesmo volume de treinos que os nossos jogadores mais jovens. Claro que perde um pouco da potência, mas compensa com a experiência e liderança. Converso muito com ele porque me passa várias informações. Volta e meia nas cobranças ele briga comigo, diz que só cobrei dele. No fechamento eu até falei "só não retruca mais comigo na beira do campo". Mas é uma relação construída. O Nene é apaixonado pelo jogo, quando demonstra insatisfação por sair faz parte. Fazemos a gestão do processo dando oportunidade a todos. Cem jogos e sendo decisivo - concluiu.

Veja a tabela do Brasileirão

Nos últimos dias, uma entrevista do pai do jovem Metinho chamou a atenção. Ele afirmou ser "covardia" o que o Fluminense fez ao liberar o volante para se apresentar ao Troyes, da França. Um dos motivos teria sido uma conversa de Roger Machado com o jogador, que não teria gostado do pedido por oportunidades na equipe principal. O treinador foi sucinto ao negar o momento.

- Definitivamente não houve essa conversa - afirmou, curto.

Roger Machado
Roger, durante coletiva (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

Para a próxima rodada da competição, Roger terá um desfalque significativo. O volante Yago Felipe recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora do confronto com o Fortaleza, fora de casa. Para a posição, o treinador conta atualmente apenas com Wellington, ainda questionado pela torcida, e o jovem André. No caso da cria de Xerém, ele não voltou a ter chances desde o início do ano, chegou a ficar perto de ser emprestado, mas, de acordo com o comandante tricolor, a oportunidade está próxima.

- São dois jogadores de características com similaridades. Dois homens de primeiro campo, que controlam a entrelinha e dão proteção à defesa. Quando oportunizei o Wellington chamei os dois justamente para salientar que naquele momento ele estava recebendo a chance. O jogador de meio-campo precisa de ritmo para entrar na sua melhor forma, são mais pesados. Salientei para o Wellington que o André estava treinando muito bem e ele precisava me dar uma resposta - afirmou.

- Mesmo o treinador sabendo que precisa ter uma rodagem para adquirir ritmo de jogo, o André está merecendo uma oportunidade. Vai vir com o decorrer dos jogos. Ele se capacitou e se habilitou para estar entre as nossas opções. Por vezes opto por não ter dois jogadores de características parecidas, pensando que em uma emergência posso ter o Wellington ou o Calegari quando o Samuel Xavier está jogando. E pesando mais no meio para o ataque. O André está próximo de receber uma oportunidade - completou.

Sobre a partida, Roger admitiu as dificuldades  do Fluminense diante de um Santos que teve uma posse de bola esmagadora, mas não conseguiu ser eficiente. O grande destaque do confronto foi o goleiro Marcos Felipe, que realizou várias defesas para salvar a vitória tricolor, a segunda neste Brasileirão. O Flu chega aos oito pontos e está em quinto.

- É sempre muito difícil jogar contra os times do Fernando Diniz. Tem uma rotação grande no campo, trocam de posição, pesam os corredores laterais para ter superioridade numérica, especialmente do lado esquerdo. Foi preciso a ajuda do nosso terceiro jogador de meio, do tripé, porque por vezes teríamos que ter os dois volantes na lateral para equilibrar. Quando não conseguimos fazer isso com agilidade, eles chegaram - analisou o técnico.

- Até mesmo a ausência do torcedor acaba mudando a dinâmica, porque se estamos em casa contra um adversário que tenta buscar e insinuar a posse com o goleiro para te atrair lá atrás, não conseguiríamos fazer o bloco baixo como fizemos. A torcida muitas vezes quer que o time busque a bola no campo adversário. Não dá para marcar pressão sempre. Talvez o que tenhamos pecado em algum momento é não conseguir acelerar após desarmes para pegar o Santos desarrumado. Em uma ou outra pressão eles conseguiram o contra-ataque rápido. Mas conseguimos intervir e cessar - finalizou.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Flu visita o Fortaleza, atual líder, na Arena Castelão. O confronto será no domingo, às 18h15.

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