Roger vê pênalti duvidoso contra e ‘questionamento desnecessário’ sobre respaldo da diretoria no Fluminense
Treinador viu boa atuação do Tricolor no empate com o Barcelona de Guayaquil e garante que equipe vai buscar a classificação na Libertadores fora de casa
O emocionante empate por 2 a 2 com o Barcelona de Guayaquil (EQU) pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores, nesta quinta-feira, no Maracanã, não desanimou o técnico Roger Machado. Em entrevista coletiva, o treinador avaliou o Fluminense como melhor em campo e afirmou que os gols dos equatorianos saíram em dois erros, mas exaltou a motivação da equipe. A volta será na próxima quinta, no Monumental, às 21h30.
+ ATUAÇÕES: Gabriel Teixeira abre o placar para o Fluminense no Maracanã
- Não tivemos uma queda substancial de rendimento para justificar os gols do adversários. Foi uma penalidade e um equívoco na saída, dos lances pontuais. O adversário criou muito pouco, controlamos e estivemos dentro da partida o tempo inteiro. Mas é uma fase da competição em que estão os melhores. Nosso time vem jogando no limite das capacidades, muito motivado e hoje mostrou que, apesar do empate, temos condições de vencer, assim como fizemos com os outros adversários fortes fora de casa - disse Roger.
O treinador afirmou que o time não sentiu mentalmente a partida e viu a penalidade duvidosa que resultou no gol da virada do Barcelona. No lance, Nino derrubou Garcés na área e o árbitro assinalou a penalidade. Antes disso, uma falha geral de marcação e um erro de Marcos Felipe já haviam gerado o empate.
Veja todos os confrontos da Libertadores
- Mentalmente não porque a parte emocional do nosso time é muito forte. Muitas das vitórias que tivemos foi porque acreditamos até o final e tivemos força mental para suportar resultados adversos. Evidente que com as substituições mudam as características do time, alguns entram no mesmo nível dos demais, o adversário também altera e retoma a partida - avaliou.
- Estamos falando de um adversário que fez dois gols, um em uma penalidade duvidosa, na minha opinião, e outro em um equívoco nosso. Criou pouco, tivemos mais volume e poderíamos ter tido sorte melhor. Mas é uma decisão, não dá para imaginar que vai ter vantagem contra um adversário qualificado como o Barcelona - completou.
Durante a semana, Roger Machado se reuniu com a diretoria para fazer uma avaliação do trabalho. Uma eliminação na Libertadores aumentaria a pressão externa sobre o treinador, que por enquanto conta com a confiança dentro do clube. Questionado se tem respaldo no Fluminense, Roger reclamou e afirmou que não é momento para isso.
- Não estamos eliminados da Libertadores. Podemos deixar para outro momento. Na Copa do Brasil também fui questionado com relação a isso como se estivéssemos fora. Quem aposta na desclassificação do Fluminense, pode apostar que vamos buscar essa classificação até o final. Sempre conversamos internamente. Eu não sou o treinador do Fluminense, eu estou treinador do Fluminense. Sabemos que, quando os resultados não acontecem, há um desgaste. Mas acho desnecessário esse questionamento (risco de demissão) no meio de uma decisão importante - completou.
O Fluminense volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Internacional fora de casa, às 20h30, pelo Brasileirão. A equipe tem três derrotas seguidas na competição.
VEJA OUTRAS RESPOSTAS:
RESERVAS
Estamos trabalhando para que o Caio (Paulista) esteja presente. Não temos condição de precisar porque ele ainda está em fase de transição. O Biel saiu sentindo alguma coisa, vamos reavaliar amanhã e torcer para que não seja nada demais. Nossas opções são essas e confio nelas. Em alguns momentos vamos ter a participação mais efetivas desses jogadores, outras nem tanto. Estamos jogando no limite das nossas capacidades com muita dedicação e empenho. Tenho certeza que vamos buscar a classificação.
POUPAR CONTRA O INTER
Vamos ver a partir de amanhã como os atletas estão se recuperando. Tem só três dias. Gostaria de levar todos que estejam em boas condições. Mas hoje fizemos um jogo forte e isso gera impacto na recuperação. O Brasileiro é importante porque o resultado nos dá confiança para a partida seguinte.
EXEMPLO É A VITÓRIA CONTRA O RIVER?
Acho que não só essa. Nos jogos da Libertadores tivemos três vitórias fora de casa. Nossa vida é vencer. Obviamente o que gostaríamos era ter levado a vantagem, até pela atuação que tivemos. Demonstramos consistência e futebol para merecer um placar diferente do empate, mas a vitória simples nos dará a classificação. Tenho certeza que vamos trazer. Fizemos um bom jogo, equilibrado. Nos desequilibramos em dois momentos, na penalidade e depois em uma saída de bola que proporcionou o primeiro gol, mas estivemos sempre vivos na partida.