Saiba como joga o Boca Juniors, adversário do Fluminense na final da Libertadores
Destaque do clube argentino é o jovem Valentin Barco, de apenas 19 anos
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Adversário do Fluminense na final da Libertadores, o Boca Juniors (Argentina) construiu sua história na competição como um 'bicho-papão' de equipes brasileiras. Este ano não foi diferente e, embora jogue um futebol pragmático, o time argentino mostrou força suficiente para eliminar adversários de peso, como fez com o Palmeiras na semifinal da competição.
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A principal virtude da equipe está na defesa: em todo o mata-mata, o Boca sofreu apenas três gols e chegou à decisão da competição sem vencer uma partida eliminatória sequer. O segredo para essa solidez não está em um sistema tático específico, já que a equipe costuma alternar entre o 4-4-2 (com duas linhas de quatro) e o 5-4-1 (quando atua com três zagueiros), mas em ideias muito claras transmitidas pelo técnico Jorge Almirón.
A principal delas é fechar o corredor central com o máximo de jogadores e forçar os ataques do adversário para as laterais do campo. É por ali que ocorre a pressão mais intensa, para tentar recuperar a posse da bola. Outro comportamento da equipe que chama a atenção está na linha de defesa: zagueiros e laterais alternam entre sair para caçar os atacantes no meio e se posicionar para proteger a profundidade, ou seja, as costas da defesa.
Esse estilo de defesa pode trazer algumas dificuldades para o Fluminense, que gosta de trocar passes curtos pelo centro do campo. Perder a posse de bola nessa região pode ser fatal, já que o time argentino tem no contra-ataque uma de suas principais armas para marcar gols.
Mas o time de Almirón não se resume apenas aos contra-ataques. Em fase ofensiva, o time também apresenta ideias bem coerentes entre si, que buscam tirar o máximo rendimento do jogador mais talentoso da equipe: Valentín Barco, de apenas 19 anos.
Lateral-esquerdo de origem, o jovem conquistou a posição de meia-esquerda graças a sua habilidade e visão de jogo. Na forma de atuar do Boca Juniors, a ideia é que o jovem fique solto pelo meio, flutuando nas costas dos volantes adversários, buscando falhas de posicionamento. Para que essa estratégia funcione, Barco conta com a ajuda de outros jogadores da equipe.
O volante Paul Fernandes, por exemplo, serve como isca na saída de bola: o jogador entra no meio dos zagueiros e faz uma saída em três, para liberar os laterais ao ataque e gerar superioridade numérica na construção das jogadas, atraindo sempre um marcador. Enquanto esse movimento ocorre, Barco se aproveita para deixar o lado esquerdo do campo e ocupar a faixa central, como um clássico 'camisa 10'.
Além de Barco, outro ponto forte do ataque do Boca Juniors são as chegadas pelas laterais. Luis Advincula, pela direita, e Frank Fabra, pela esquerda, costumam criar a maioria das chances de gol do time, em cruzamentos para a dupla de atacantes, Cavani e Merentiel.
Vale destacar que os dois uruguaios também são fundamentais na criação da equipe, fazendo jogadas de pivô e paredes para quem vem de trás - seja os laterais ou o próprio Valentín Barco. De uma maneira geral, o Boca é um time de poucos toques na bola, que busca chegar ao gol adversário o mais rápido possível.
Se hoje o Boca Juniors não é mais tão assustador quanto foi um dia, o time argentino ainda é muito consistente e um grande desafio para o Fluminense na final da Libertadores.
O Lance! está ao lado do Fluminense na final da Copa Libertadores. Aqui, você acompanha a cobertura mais completa do Tricolor na decisão do torneio continental. #LanceComOFlu.
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