Samuel Xavier diz que teve ‘sintomas muito fortes’ da Covid-19 e pede cuidado: ‘Não é brincadeira’
Jogador foi apresentado oficialmente pelo Fluminense nesta quinta-feira e falou também sobre suas credenciais e a disputa por posição
Acertado com o Fluminense desde o início do ano, o lateral-direito Samuel Xavier, enfim, foi apresentado oficialmente pelo clube nesta quinta-feira, no CT Carlos Castilho. O atleta era aguardado, assim como Wellington, já para o clássico com o Flamengo, na terceira rodada, mas acabou testando positivo para Covid-19 e retornou aos treinamentos apenas dois dias antes do restante do elenco principal. O lateral afirmou ainda estar recuperando a forma física pelo tempo parado e revelou ter sentido sintomas fortes enquanto esteve isolado.
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– Ainda estou me condicionando. A partir da semana que vem, espero já estar à disposição. Foi um momento difícil para mim, porque, quando eu testei positivo, eu tive sintomas muito fortes, acabei perdendo muita massa muscular. Enquanto a equipe vinha treinando, eu estava em casa, fiquei muito tempo parado, sem atividade. Perdi muito com isso, mas agora vou completar a segunda semana, já podendo treinar essa inteira com bola. A primeira semana foi mais avaliação, teste físico. A partir da semana que vem, acredito que eu já esteja preparado para estar à disposição.
Também por isso, Samuel falou sobre a situação da pandemia no Brasil, que vive o pior momento pouco mais de um ano após o início dos casos. O lateral não quis entrar no debate sobre a paralisação do futebol, que já não pode acontecer no município do Rio de Janeiro neste momento, mas pediu que a população tenha cuidado e leve o vírus a sério.
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– É muito difícil esse assunto de paralisação ou não. A gente tem visto muitos lugares fechando comércio, fechando muitas coisas... A gente sabe que tem que tomar muito cuidado. Eu vivi isso, não é brincadeira esse vírus. Tiveram dias em casa que eu tive falta de ar muito forte, uma dor no peito muito forte, dor no corpo. Nunca senti algo parecido com o que eu passei. É horrível. Temos que tomar muito cuidado, usar máscara, (respeitar o) distanciamento social... Com os devidos cuidados, acredito que a gente consiga vencer esse vírus. A gente tem que respeitar também as normas que passam para a gente. Às vezes você vê locais em que as pessoas não usam máscara e estão perto uma da outra. É difícil - disse.
– A paralisação envolve muita coisa, muitas famílias que dependem de um salário. A gente não pode colocar o dinheiro na frente da saúde, mas são duas coisas que estão ligadas uma na outra. A gente não pode entrar nessa área da política, pois a gente está aqui para falar do futebol. Mas o que eu tenho a dizer é que a gente tem que tomar todos os cuidados possíveis, porque não é brincadeira esse vírus - concluiu.
Sobre a parte dentro de campo, o jogador chega de graça após não renovar o contrato com o Ceará e disputará posição com Calegari e Igor Julião, duas crias da base tricolor. O reforço exaltou a oportunidade e falou sobre a concorrência. O primeiro terminou a temporada passada como titular e o segundo vem atuando no Estadual, fez um gol e deu uma assistência.
– Muito feliz em estar iniciando uma nova etapa da minha vida, estar vestindo a camisa do Fluminense. Claro que todo atleta tem o desejo de estar atuando sempre, mas respeito muito meus companheiros. Sei da qualidade e do campeonato que fez o Calegari. Também tem o Igor Julião, são atletas de muita qualidade, que não estão aqui à toa. Respeitando meus companheiros, a gente está sempre querendo atuar. Vai ser um ano de muitos jogos, então, acredito que todos vão ter oportunidades. Espero que quando eu tiver a minha, poder ajudar a equipe, meus companheiros. Isso é o mais importante para o Fluminense - disse o atleta.
Samuel também apresentou suas credenciais à torcida tricolor e valorizou a experiência adquirida ao longo da carreira. O jogador começou a carreira no Paulista, passou por Guarani, São Caetano, antes de chegar ao Ceará pela primeira vez. Depois de se destacar, chamou a atenção do Sport, passou ainda por Atlético-MG e desembarcou novamente em Fortaleza para atuar no Vozão.
– Hoje eu tenho 30 anos. Antes, mais novo, eu queria toda hora chegar ao ataque, acabava correndo muito errado. Agora, um pouco mais experiente, consigo mesclar essa chegada com a defesa, até armar um pouco a equipe jogando um pouco mais por dentro. É uma das minhas características: de poder ter um jogo de toque de bola por dentro. Quando você adquire um pouco mais de experiência, consegue ter uma inteligência a mais na marcação. Isso tem me ajudado muito. Espero contribuir com o que o professor Roger precisar. Às vezes, você tem umas características, mas com as vontades do treinador, tem que mudar também, conversar com ele, ver o que ele tem para passar para mim. Quero estar dentro de campo para ajudar.