Nos próximos dias, o zagueiro Matheus Ferraz vai ser submetido a uma cirurgia para reconstruir o ligamento cruzado do joelho direito. Não há previsão de retorno, mas é certo que o jogador não joga mais esse ano. Em compensação, Digão, capitão do Fluminense, volta ao time após uma fratura na fíbula da perna esquerda, que o afastou dos gramados por mais de três meses.
Quando a bola voltar a rolar, apenas no dia 15 de julho, contra o Ceará, no Maracanã, o Fluminense vai ter mais uma dupla de zaga, a 13ª em 2019. Dessa vez, formada por Digão e Nino, que não chegaram a jogar juntos. Ao menos terão bastante tempo pela frente para se entrosar.
Ajeitar o setor defensivo é um dos principais desafios do técnico Fernando Diniz, já que o time sofreu 37 gols em 36 jogos que disputou. As constantes mudanças aconteceram devido às lesões e suspensões, mas começou por conta das transferências.
No início da temporada, Roger Ibañez formava a zaga com Digão e também formou dupla com Matheus Ferraz. Após dois jogos, foi negociado com a Atalanta, da Itália. No seu lugar entrou Nathan Ribeiro, que teve ao lado Matheus Ferraz no setor defensivo. O jogador fez quatro partidas e foi emprestado para o Fortaleza. Depois, as lesões foram as principais causas, obrigando Fernando Diniz a mexer na equipe.
Em tese, após a saída de Ibañez, Matheus Ferraz e Digão formariam a dupla de zaga ideal do Fluminense, mas quis o destino que ambos atuassem juntos em apenas sete jogos. Foram quatro pelo Campeonato Carioca, dois pela Copa do Brasil e um pela Copa Sul-Americana, somando cinco vitórias, um empate, uma derrota e apenas dois gols sofridos. Na frieza dos números, os dois foram bem, mas vale destacar a fragilidade dos adversários.
Sem Digão, que se lesionou no início de março, a dupla titular foi formada por Matheus Ferraz e Léo Santos. Juntos fizeram cinco jogos, com duas vitórias, dois empates, uma derrota e cinco gols sofridos. A sequência foi interrompida devido a uma tendinite patelar no joelho direito de Léo Santos, que precisou passar por cirurgia, em maio.
Antes de se machucar, Léo Santos desfalcou o Fluminense na vitória sobre o Antofagasta, no Chile, pela Copa Sul-Americana, por ter sido inscrito na competição pelo Corinthians. Nesse jogo, Matheus Ferraz formou dupla com Frazan e no segundo tempo com Paulo Ricardo. Por opção de Diniz, Matheus Ferraz foi poupado em um clássico contra o Flamengo, pela Taça Rio, e Léo Santos fez a zaga com Nino.
Por conta de mais uma lesão, Fernando Diniz teve que escalar Nino ao lado de Matheus Ferraz. Os dois foram os que tiveram a maior sequência, com 15 jogos. Apesar das atuações seguras dos zagueiros, o Tricolor não teve bons resultados, já que venceu cinco partidas, empatou três e perdeu sete, sofrendo 19 gols.
Após a lesão de Matheus Ferraz, sofrida na derrota para o Athletico-PR, o Fluminense disputou mais três partidas, com três zagas diferentes. Contra o Cruzeiro, pelo segundo jogo das oitavas de final da Copa do Brasil, Nino teve como companheiro Frazan. Já contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, Frazan formou a zaga com Yuri, volante de origem, que jogou improvisado, já que Nino teve que cumprir suspensão. Diante da Chapecoense, Yuri foi mantido e Nino entrou no lugar de Frazan
Vale lembrar que o elenco ainda conta com o zagueiro Luan, recém-promovido da base, que ainda não estreou nos profissionais. Paulo Ricardo, outro jogador da posição, segue no clube, mas está fora dos planos da comissão técnica. O Tricolor se reapresenta na próxima segunda-feira, no CTPA, iniciando a intertemporada.
Confira as duplas de zaga do Fluminense em 2019:
Digão e Ibañez
Matheus Ferraz e Ibañez
Matheus Ferraz e Nathan Ribeiro
Matheus Ferraz e Digão (dupla considerada titular)
Matheus Ferraz e Léo Santos
Matheus Ferraz e Frazan
Matheus Ferraz e Paulo Ricardo
Léo Santos e Nino
Nino e Matheus Ferraz
Nino e Frazan
Frazan e Yuri
Nino e Yuri