Ao ser demitido em 2006, Oswaldo criticou antiga patrocinadora do Flu
Na época, o treinador culpou a Unimed pelo seu desligamento. O presidente da empresa era Celso Barros, atualmente vice geral do Tricolor
A última passagem de Oswaldo de Oliveira pelo Fluminense aconteceu em 2006 e a sua saída foi marcada por uma grande polêmica. O treinador acabou sendo demitido após uma sequência negativa de quatro jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro. Nos três primeiros foram empates diante do Grêmio (4 a 4, no Olímpico), São Caetano (2 a 2, no Maracanã) e Botafogo (1 a 1, também no Maraca).
O Fluminense, que vinha bem na competição, despencou para 6ª posição, fora da zona de classificação para a Libertadores do ano seguinte. Na 15ª rodada, o adversário foi a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, e o Tricolor foi goleado por 3 a 0. Com o resultado, Oswaldo de Oliveira acabou demitido e culpou a Unimed, patrocinadora do clube na época.
O motivo do atrito era a relação conturbada do treinador com Pekovic. O meia chegou a ser barrado em algumas oportunidades e isso, na avaliação de Oswaldo, pesou para o seu desligamento
– Pelo que me foi passado foi pressão do patrocinador. Posso avaliar isso, pois o meu critério para escalar a equipe nunca passava por nenhum crivo que não fosse o índice técnico. Nunca fiz discriminação do jogador do patrocinador e de jogador que é de Xerém. Acho que era isso que não estava agradando - disse Oswaldo após a demissão do Fluminense, em 2006
O presidente da Unimed na época era Celso Barros, que atualmente é o vice geral do Fluminense e homem forte do futebol do clube. No episódio, o então médico e apenas um tricolor apaixonado, se defendeu, afirmando que jamais interferiu nas decisões da diretoria.
- Se ele faz essa leitura em função dos maus resultados que o time apresentou, principalmente após a Copa, é uma situação que não existiu. Nunca houve nossa interferência na escalação de jogadores e a rescisão do contrato dele foi uma decisão da diretoria. Eles apenas me comunicaram - afirmou Celso Barros, depois do jogo contra a Ponte Preta .
Com as arestas devidamente aparadas, ambos estarão juntos novamente, dessa vez com Celso Barros tendo que fazer a avaliação do trabalho que será desenvolvido pelo treinador. A demissão de Fernando Diniz deixou claro que Oswaldo de Oliveira vai ter que dar resultados imediatos.
Nesta quinta-feira, o Fluminense enfrenta o Corinthians, em São Paulo, pelo primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana, ainda sem o novo comandante à beira do campo. No entanto, Oswaldo de Oliveira vai estar com a delegação. A missão de dirigir a equipe fica a cargo do auxiliar técnico Marcão. Curiosamente, o ex-volante esteve na fatídica partida contra a Ponte Preta, que valeu o emprego do antigo professor.