Técnico do Fluminense, Fernando Diniz vê falta de concentração de sua equipe em derrota para o Grêmio

Após a derrota do Fluminense para o Grêmio, Fernando Diniz citou a falta de concentração defensiva como fator determinante na partida. Em dois gols parecidos, o Tricolor das Laranjeiras deixou escapar um resultado positivo quando vinha fazendo uma boa partida.

- Eu acho que tivemos uma soberania no primeiro tempo. O principal erro do Fluminense foi falta de concentração. Nas poucas vezes que tivemos que abaixar as linhas para marcar o Grêmio com 10 homens atrás da linha da bola, eles conseguiram fazer uma jogada relativamente simples, tocando e ultrapassando, onde acabamos tomando o gol. O segundo foi parecido também. Tivemos domínio da parte tática e técnica do jogo, então a gente aproveitou mal no primeiro tempo. Mas o principal problema foi o descuido na marcação, que era uma coisa que tínhamos melhorado muito. Não estávamos oferecendo quase nada aos adversários. Teve uma falta de concentração que não é algo que podemos cometer contra uma equipe de qualidade.

O comandante também reclamou da arbitragem por conta de um suposto pênalti que não foi dado após um pisão de Rodrigo Ely em Nino no último lance da partida. O treinador também afirmou que o duelo ficou muito tempo paralisado pro conta da cera dos jogadores do Grêmio apesar dos 10 minutos de acréscimos.

- Em relação a arbitragem, a arbitragem foi extremamente conivente com quem não quer jogar, não acelera o jogo em momento nenhum. Por mais que tenha dado 10 minutos de acréscimo, sugiro a vocês que vejam quanto tempo teve de bola em jogo por conta dos momentos em que jogadores do Grêmio ficaram no chão. Não teve nenhum tipo de ação da arbitragem pra coibir esse tipo de coisa. O que tem é que quando um jogador cai no chão e abre os braços, eles dão cartão amarelo. Gosta de dar cartão amarelo, mas de bola rolando, eles não gostam. E o pênalti no final do jogo, para mim foi um pênalti claro, fácil de ser marcado por VAR. O jogador pisa no tornozelo do Nino. Obviamente não é de propósito, mas é pênalti. A maioria não faz pênalti de propósito. Faz pênalti porque acidentalmente um jogador chega atrasado ou bota a mão na bola, e os pênaltis são cometidos. Então a arbitragem foi determinante no final do jogo.

Com a derrota o Fluminense foi ultrapassado pelo Grêmio, permanece com 31 pontos e caiu para a 4ª colocação. O Tricolor das Laranjeiras tem uma semana inteira para trabalhar visando a partida contra o América-MG, pela 20ª rodada do Brasileirão.

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OBSERVAÇÃO DE JOGADORES PARA A SELEÇÃO

- Quando eu estou aqui, eu sou treinador do Fluminense. Não fico vendo jogador para convocar para a Seleção. A mudança de chave nesse sentido é fácil. Depois, acompanhando os jogos por vídeo, tem gente na CBF preparada para isso e eu também assisto depois com frieza. Nesse momento não tem nada a ver observar jogador para convocar para a Seleção. Nesse momento é só uma disputa entre Grêmio e Fluminense e a gente fica focado no jogo.

CONTUNDÊNCIA

- Não é uma questão só de contundência. Uma ação defensiva, se você estiver concentrado, você não comete erros, como a gente cometeu nos dois gols do Grêmio. São dois gols muito fáceis de serem marcados. Poucos jogadores participam da construção ofensiva e a gente com muitos jogadores atrás da linha da bola. Desperdiçar chances é um fator. Mas o que é um ponto negativo foi quando tínhamos que marcar. A gente sabe marcar como poucos times quando abaixamos as linhas, mas achou que o Grêmio não ia ser capaz de fazer os gols que fizeram. Se a gente não perde os gols, mas é firme e concentrado na parte defensiva, nós não teríamos perdido o jogo. No segundo tempo, o jogo foi muito picado e prejudicado pela ação da arbitragem, pela conivência de parar o jogo. A bola não anda. Mas mesmo assim, estivemos muito próximos de empatar o jogo.

OLIMPIA

- Primeiro que não existe zebra em Libertadores nas quartas de final. Estamos falando de um time tricampeão da Libertadores. Tem todo nosso respeito, como o Argentinos Juniors. A gente espera um adversário bem treinado, aguerrido e muito tradicional nessa competição.