Um Fluminense 'de volta às origens', mas com alterações e uma mudança de postura marcaram o duelo do Fluminense com o Atlético-MG. Apesar do placar de 5 a 2 para o time mineiro, o técnico Abel Braga tem razão em considerar a vitória tão elástica como incoerente. Realmente, não foi um domínio a esse ponto, mas o Galo soube aproveitar as chances que teve e o Flu não. E, ao fim, isso é que acaba importando.
Depois de testar o 3-6-1, Abel voltou ao 3-5-2 que o Flu vem usando desde o início da temporada. Sem Renato Chaves e Gum, poupados por desgaste muscular, a equipe das Laranjeiras foi a campo com Ibañez, Nathan Ribeiro e Luan Peres, trio que atuou junto pela primeira vez e apontou um pouco a falta de entrosamento em algumas oportunidades, principalmente na saída de bola.
No meio, sem opções para a vaga de Sornoza (que começou no banco pelo mesmo motivo que tirou os zagueiros da partida), Jadson atuou um pouco mais avançado e Douglas ganhou chance como titular. Ayrton Lucas voltou à lateral esquerda e Pedro ao ataque, 'reforços' importantes.
Ayrton, um dos destaques do Flu neste primeiro semestre, não conseguiu repetir as boas atuações que vinha tendo. Preso à marcação, pouco pôde ajudar o ataque. O lado direito, por outro lado, tinha troca de passes e criação. Por ali saiu a jogada que gerou o escanteio que acabou no gol de Gilberto e o cruzamento aproveitado por Pedro - os dois gols do Tricolor no duelo.
No segundo tempo, com Pablo Dyego na vaga de Matheus Alessandro, o Fluminense melhorou e passou a explorar melhor as jogadas em velocidade. Na hora do "tudo ou nada" e buscar a vitória, Sornoza substituiu Gilberto e João Carlos Ayrton Lucas, fazendo com que a equipe passasse para o 3-4-3.
Porém, faltou capricho para finalizar e o Atlético-MG conseguiu chegar ao quarto gol em cobrança de falta e ao quinto em contra-ataque.