Fluminense: Xerém é decisiva contra Internacional e vira esperança de título da Libertadores

Um dos grandes protagonistas do Fluminense no jogo contra o Internacional, mas também ao longo da Libertadores, é o atacante John Kennedy. O centroavante criado em Xerém, local em que a categoria de base do clube manda seus jogos, foi decisivo para a classificação do Tricolor à final do torneio continental.

Mas, além do camisa nove, Fernando Diniz também conta com outras peças que foram lapidadas por um dos melhores celeiros de jogadores existentes no Brasil. No duelo no Beira-Rio, André, Marcelo e Martinelli também tiveram notáveis atuações, embora apenas o lateral-esquerdo tenha a experiência de ter conquistado títulos continentais - cinco Champions League.

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Na atual edição da Libertadores, John Kennedy marcou gols em todos as fases do mata-mata (contra Argentinos Juniors, Olimpia e Internacional). Duas das três vezes em que o atacante balançou as redes foram em partidas fora de casa, onde a equipe de Fernando Diniz vem encontrando muitas dificuldades para vencer na temporada.

Além disso, Kennedy já contribuiu com quatro assistências e vem participando de forma decisiva da reta final do maior torneio de clubes do continente. Na coletiva após a classificação à final, o jovem, que iniciou 2023 emprestado pelo Tricolor a Ferroviária, foi alvo de muitos elogios de seu treinador.

- Esse menino é um grande vencedor, está se tornando um homem cada vez mais íntegro. Cada vez mais bonito. O futebol perde a rodo talentos como esse no Brasil. Espero de todo o meu coração que ele consiga ter cada vez mais os pés no chão. Pés do tamanho do talento dele. Merece todos os elogios, todos os aplausos. Não é fácil ter a vida que ele teve e se tornar o que está se tornando. O jogador é reflexo do que se tornou como pessoa. Esse menino vale ouro. Além de extremamente talentoso, está se tornando um homem de bem.

OUTRAS PEÇAS

Marcelo teve um retorno inesperado no início do ano, mas vem fazendo diferença com sua enorme qualidade técnica. Muito preso na lateral-esquerda no primeiro tempo do jogo de volta da semifinal contra o Internacional, o camisa 12 atuou em diversos locais do campo a partir do segundo tempo. E ninguém como ele para conhecer cada terreno com a palma de suas mãos.

O veterano tem sido uma das lideranças dentro do elenco comandado por Fernando Diniz, um exemplo para os jogadores mais jovens que aspiram alcançar o mesmo sucesso que o atleta teve na Europa e é uma referência técnica. Atua nos dos lados de campo, ocupa espaço no meio de campo, confunde os rivais e é sendo peça chave na campanha.

Protegendo a defesa, André vem se consolidando a cada dia como o melhor volante do Brasil. Além de ter um poder de marcação muito alto e uma saída de jogo invejável, o atleta também é uma espécie de coringa para seu técnico. Em diversos jogos, o meia se desloca para a linha de zaga quando o comandante do Fluminense pensa em deixar a equipe mais ofensiva.

Há poucos meses, o presidente Mário Bittencourt recusou uma oferta altíssima do Liverpool pela contratação do jovem acreditando no título da Libertadores, uma vez que André é peça chave da engrenagem. Caso a conquista venha com 18 milhões de dólares na conta, é possível dizer que a aposta deu MUITO certo.

Um jogador cujo o Fluminense aposta muito é Alexsander, que conquistou o Sul-Americano Sub-20 com a Seleção Brasileira no início do ano. O meia sofreu com lesões graves que o afastaram dos gramados por cerca de três meses, mas o atleta vem reencontrando sua melhor forma, embora não tenha tido uma grande atuação contra o Internacional.

Outro atleta que também tem muitos minutos com Fernando Diniz é Martinelli. Embora criticado por parte da torcida, o volante conseguiu dar qualidade no passe do Tricolor no duelo decisivo da semifinal da Libertadores e foi uma das mudanças essenciais que proporcionaram a virada do Time de Guerreiros.

FUTURO INCERTO

Embora o Fluminense esteja com a cabeça no presente, o clube precisará lidar com o interesse em seus jovens nas próximas janelas de transferências. André dificilmente permanecerá no Tricolor e deve estar fazendo seus últimos jogos com a equipe das Laranjeiras antes de buscar sucesso na Europa.

Nessa temporada, John Kennedy e Alexsander também conseguiram muito destaque, o que desperta uma curiosidade natural do Velho Continente. Mas caso essas peças não permaneçam, o Tricolor pode seguir acreditando no surgimento de novos talentos, o que fará com que o time se renove e mantenha um alto nível de futebol com pratas da casa.