Arnaldo Cézar Coelho dispara contra comissão de arbitragem e comenta chance de brasileiros na final
Árbitro da decisão da Copa de 1982 criticou decisões da Fifa no Mundial do Qatar
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Sem a Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo, Wilton Pereira Sampaio e Raphael Claus são opções para a arbitragem da decisão. Contudo, para o ex-árbitro Arnaldo Cézar Coelho, a Fifa vai colocar um profissional europeu para comandar Argentina x França, no próximo domingo, às 12h.
- Os que estão lá ainda têm chance de apitar, mas a cabeça dessa comissão de arbitragem é muito difícil de entender. Eles cometeram uma falha na escalação dos árbitros nas oitavas de final. Não podia botar um argentino no jogo de Portugal. Eles preparam o terreno para o italiano apitar a primeira semi, e o mexicano, a segunda - analisou Arnaldo.
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- Eles vão botar um juiz da Europa na final. Eu só apitei a final da Copa do Mundo, e o Romualdo (Arppi Filho) também, porque o presidente da Fifa era brasileiro (João Havelange). Os europeus estão pouco ligando para a arbitragem brasileira - completou o ex-árbitro.
Arnaldo Cézar Coelho apitou a decisão da Copa do Mundo entre Itália e Alemanha em 1982. Quatro anos depois, Romualdo Arppi Filho foi o árbitro da final do Mundial de 1896 entre Argentina e Alemanha. Comentarista da Globo nos últimos anos, Arnaldo não poupou críticas à comissão de arbitragem da final.
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- O pior de tudo foi a comissão de arbitragem da Fifa, que escalou muito mal determinados árbitros. Você não pode levar um grupo onde um apita um jogo, e outro apita quatro. Para quê levou? O VAR também atrapalha. Pior do que isso são os bandeirinhas, que deixam o lance seguir, aí 10 minutos depois marcam o impedimento. Quando alguém quebrar a perna, eles pensar 'por quê não parei a jogada antes?'. Impedimentos de cinco metros, que não há dúvida, eles esperam. Essa orientação é muito ruim - detonou.
Nesta Copa do Mundo, Wilton Pereira Sampaio comandou quatro jogos: Senegal x Holanda, Polônia x Arábia Saudita, Holanda x Estados Unidos e França x Inglaterra. O último foi alvo de polêmicas e muitas reclamações dos ingleses. Já Raphael Claus fez apenas duas partidas, ambas na fase de grupos: Inglaterra x Irã e Canadá x Marrocos. Arnaldo analisou a atuação da dupla no torneio.
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- Na média foram bem. O Claus ficou marcado por conta de uma determinação de dar muitos minutos de acréscimo, aí se complicou nesta reta final. O Claus tem um estilo muito frio de apitar, diferente do Wilton, que corre muito e vibra, apesar de se colocar mal em alguns momentos. O problema do Wilton foi em Inglaterra x França, onde ele achou que tinha que deixar o jogo mais solto. Ele queria adaptar o jeito dele ao jogo dos europeus, deixou de marcar algumas faltas e isso atrapalhou muito a arbitragem dele. Ele deixou de dar uma falta, e logo depois saiu um gol da França. E em outro lance, que um jogador da Inglaterra foi calçado dentro perto da grande área, ele ignorou - comentou o ex-árbitro.
Arnaldo ainda deu uma dica ao árbitro que apitará a final.
- Se esconda e reze bastante para não ter polêmica - encerrou.
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