Atletas brasileiros andam 60 Km e são barrados em fronteira na Polônia: ‘Não sabemos mais o que fazer’
Juninho Reis, Guilherme Smith, Cristian Fagundes e suas famílias foram impedidos de sair da Ucrânia para a Polônia fugindo de invasão russa
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Os atletas brasileiros Juninho Reis, Guilherme Smith e Cristian Fagundes são outros três que estão presos na Ucrânia após a invasão russa. Os jogadores estavam na cidade Lviv, onde partiram para a fronteira com a Polônia buscando sair do país ocupado. O grupo, que está acompanhado da esposa e filho de Julinho, andaram 60 quilômetros até a fronteira, onde foram barrados de entrar na Polônia.
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- Situação muito delicada agora que nós estamos vivendo. A gente tava muito perto da fronteira, 4 km, e, de repente, barram a gente. Tá uma multidão de pessoas aqui, muito cheio, e as pessoas do nada se revoltam umas com as outras e começam a brigar, coisa que não desejo pra ninguém - disse Guilherme Smith em suas redes sociais.
Os atletas do Zorya Luhansk, clube da primeira divisão do futebol ucraniano, também afirmaram que foram 'tratados como lixo' pelo oficiais na fronteira com a Polônia e a tiveram que dormir na rua após serem barrados.
- Essa noite foi a noite mais triste da minha vida e com certeza a pior. A divisa da Ucrânia com a Polônia não é nada do que falam. Andamos 60 km para chegarmos lá, quando chegamos fomos tratados como lixo. Dormimos na rua, quase congelamos, por sorte conseguimos acender uma fogueira. Muito triste. Não sabemos mais o que fazer nessa situação - completou o atleta.
ENTENDA O CONFLITO NA UCRÂNIA
Desde 2014, a região de Donetsk se declarou independente da Ucrânia e por conta dos conflitos geopolíticos, o Shakhtar teve que deixar a cidade de origem e atuar em Kiev. O mesmo acontece com a região de Luhansk. Na última segunda-feira, Vladimir Putin, presidente da Rússia, reconheceu a independência das duas províncias.
Nesta quinta-feira, a Rússia decidiu invadir militarmente a Ucrânia com o argumento de que está atuando em defesa das reivindicações territoriais. No entanto, há pouco esclarecimento se a nação de Putin busca apenas garantir a soberania de Donetsk e Luhansk ou se planeja se expandir territorialmente.
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