Besouro, lutador ex-UFC, perde carro em assalto e lança “vaquinha”: ‘como vou falar que não estou precisando?’
O atleta estava trabalhando como motorista de aplicativo quando o crime ocorreu. A campanha exibe a meta de R$ 50 mil para ajudar o lutador
O lutador de MMA e ex-UFC, Luiz Besouro, sofreu um assalto na noite do último sábado, no Rio de Janeiro. Sem eventos por conta da pandemia, o atleta estava trabalhando como motorista de aplicativo quando foi abordado por um criminoso em fuga. O carro foi localizado dias após, completamente destruído. Na internet, amigos sugeriram uma "vaquinha" para ajudá-lo.
+ Confira os grupos da Copa Libertadores 2021
O veículo, comprado há oito meses, foi encontrado na quarta-feira, no limite entre as comunidades Baixa do Sapateiro e Nova Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. O lutador também perdeu seus documentos e celular.
- Estava sem luta marcada por conta da pandemia e trabalhando como motorista de aplicativo. No sábado solicitaram a corrida. Eu deixei a passageira num supermercado em São Cristóvão. Quando ela desceu, um cara entrou. Eu me fiz de desentendido, falando que não tinha aberto nenhuma chamada. Ele respondeu: "Estou em fuga, me tira daqui". Eu disse que estava trabalhando, que precisava por conta da pandemia. Após 1km, ele pediu para eu descer e levou o carro, meu celular e os documentos. Era um Gol 1.0, que comprei 0km há oito meses. Não tinha seguro. Sou criado na rua, conheço muita gente, contei com a sorte e me f****. - disse o atleta da equipe RFT ao Combate.
A dependência do carro para ajudar no sustento da família também abalou Besouro. Sua mulher, no momento, está desempregada. Sobre a campanha online para auxiliar o financiamento de um novo veículo, ela conta que seus amigos ajudaram com a ideia. Sem luta marcada devido à pandemia, e sem seu carro para trabalhar como motorista de aplicativo, a meta traçada é alcançar os R$ 50 mil e ajudar o ex-UFC a se reestruturar.
- Um amigo se lembrou da postagem ao ver o carro e entrou em contato com a minha esposa, porque eu estava sem telefone. Fui até lá, parei uma viatura da polícia, que se prontificou a ir comigo. Chorei que nem criança quando eu vi o carro. Poucas vezes na vida fiquei tão triste com uma "parada". A outra foi quando fui cortado do TUF 2 (por lesão). Ver o carro daquele jeito... batalhei um tempão para comprar um carrinho. A vida de atleta é difícil - declarou.
- Foi ideia das amigas da minha esposa e do pessoal da academia, principalmente do (Leonardo) Chocolate. Está começando a rolar, a divulgar. Estou com vergonha, porque me sinto fraco e impotente e até injusto, porque tem pessoas doentes neste momento. Por outro lado, como vou falar que não estou precisando? Vou fazer o quê? Aonde vou trabalhar como segurança se não tem evento nenhum por conta da pandemia? Quero lutar, assinei contrato com o Taura MMA, mas não tem evento. O mundo parou. Estou de pés e mãos atados. Sou casado, tenho filhos para sustentar. Vou continuar treinando normalmente, caso apareça uma chance - concluiu.