Bolsonaro apoia retorno do futebol e diz que chance de morte de jogadores é ‘infinitamente pequena’
Presidente do Brasil concedeu entrevista confirmando conversas com Renato Gaúcho e dirigentes da CBF, se mostrando à favor do retorno do futebol sem torcida
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Nesta quinta-feira, o presidente do Brasil Jair Bolsonaro voltou a se posicionar à favor do retorno das atividades do futebol no país. Ele concedeu uma entrevista à Rádio Guaíba, onde argumentou que a necessidade financeira dos atletas fala mais alto, já que, segundo ele, a chance dos atletas morrerem é 'infinitamente pequena'.
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- No momento, existe já muita gente que entende, que está no meio futebolístico, que é favorável à volta porque o desemprego está batendo à porta dos clubes também. Com essa idade jovem, o jogador, ele dificilmente, caso ele seja acometido do vírus, a chance de ele partir para a letalidade é infinitamente pequena. Até pelo estado físico, pela rigidez que tem esse atleta. Agora, eles têm que sobreviver - afirmou.
Bolsonaro também contestou a ideia de que todos os jogadores de futebol ganhem altos salários, afirmando que a maior parte dos atletas não ganham bem e estão passando necessidade. Segundo Jair, ele concedeu um parecer positivo ao Ministro da Saúde, Nelson Teich, sobre o retorno das atividades futebolísticas sem a presença dos torcedores.
- Muitas vezes a gente tem o pensamento que o jogador, que todo mundo ganha horrores. Não, a maior parte não ganha bem e precisa do futebol para sustentar sua família. Estão passando necessidade. Não sou eu que vou abrir ou não o futebol, mas já conversei com o Ministro da Saúde e dei um parecer nesse sentido, para que o futebol volte sem torcida. Então, da nossa parte, esse parecer deve ser feito, como acertado com o ministro Nelson Teich e como parece que também a Anvisa vai dar um parecer nesse sentido - completou.
O presidente também confirmou a informação de que conversou com o treinador Renato Gaúcho, com quem possui uma relação de amizade, para consultá-lo sobre sua opinião acerca do assunto, além de conversas com Rogério Caboclo e Walter Feldman, da CBF. Além disso, Bolsonaro também criticou uma suposta 'campanha enorme de terror junto à população' sobre o Coronavírus.
- Sim, algumas vezes eu liguei para o Renato Gaúcho para exatamente ter informações dele do que pensa o atleta no tocante a voltar o futebol ou não. Como também tenho conversado, já falei algumas vezes, com o senhor (Rogério) Caboclo e o (Walter) Feldman, da CBF. A decisão de voltar o futebol não é minha, não é do Presidente da República. Mas nós podemos colaborar. Desde lá de trás, quando conversei com o Renato Gaúcho a primeira vez, eu falei: 'Renato, por mim volta'. Ele falou: 'Mas há um sentimento entre os jogadores de que não pode voltar agora', porque o povo estava apavorado. Ainda está apavorado - ressaltou Bolsonaro, que completou:
- Fizeram uma campanha enorme de terror junto à população no tocante ao vírus, como se nós pudéssemos ficar livre do vírus, como se o vírus fosse matar todo mundo. Esse vírus é letal para quem tem comorbidade e para quem tem idade avançada. Esse tem que ter um cuidado todo especial. Quanto aos jogadores, até falei para o Renato na época, e com o estádio fechado, ele falou: 'Presidente, a questão é dos jogadores'. Então, a gente respeita, até porque não sou eu que vou abrir ou não o futebol - finalizou.
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