Dunga, sobre voltar ao futebol: ‘Falam que eu era a primeira opção depois de demitirem quatro ou cinco’
Sem trabalhar com futebol há mais de cinco anos, ex-treinador da Seleção Brasileira já recebeu propostas de clubes brasileiros
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Demitido do comando técnico da Seleção Brasileira após a Copa América Centenária, em 2016, Dunga segue longe dos gramados desde então. Há mais de cinco anos longe dos holofotes, o capitão do tetra voltou a falar sobre futebol em entrevista à ESPN.
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Primeiro, Dunga comentou sobre a inserção e busca constante de ideologias europeias para o Brasil. Ele acredita que "estamos perdendo a nossa identidade".
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- Nós temos escolas de treinadores que já foram e são referência. Eu entendo que às vezes a gente tem que dar uns passos para trás para conseguir dar outros para frente. Mas nós estamos perdendo a nossa identidade - começou.
- Não é todo mundo que tem um goleiro como o Neuer. O Brasil não tem 34 goleiros como ele. Outra coisa, se você jogar curto e para trás, todo mundo vai saber como te vencer. Imagina o Zico, Dinamite, Zenon tendo que voltar para marcar ou algo assim, eles não jogariam - completou o ex-técnico da Seleção.
Em seguida, Dunga é sincero sobre o desejo de retornar ao futebol. Com saudade de voltar ao posto de comandante, ele afirma que as propostas de clubes brasileiros o incomodam.
- Eu sempre fui muito direto. Quer me contratar, me liga que a gente chega a um acordo. Mas não me venha com mentiras. Alguns dirigentes me ligam depois de terem demitido 4 ou 5 treinadores e aí vêm e me falam que eu era a primeira opção deles e da diretoria. Ora, assim a gente já começa errado, né? Não dá para iniciar uma relação de confiança com uma pessoa que já chega mentindo - disparou.
- Por causa desse meu jeito, de ser sincero e direto, acho que dificulta um pouco a minha volta para o futebol - disse Dunga.
Recentemente, Dunga se envolveu em algumas polêmicas após fortes declarações. Em áudio vazado em junho deste ano, ele aparece criticando veementemente o trabalho do ex-técnico do Internacional, o espanhol Miguel Ángel Ramírez. Um ano antes, o capitão do tetra já havia questionado a quantidade de estrangeiros no comando técnico de clubes.
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