Esposa de dono de bar contesta suposto motivo de assassinato de torcedor do Fluminense
Thiago Motta teria sido assassinado após uma discursão por um último pedaço de pizza no estabelecimento "Os Renatos"
O estabelecimento "Os Renatos", localizado na rua Isidro de Figueiredo, nas proximidades do Maracanã, abriu normalmente durante o primeiro Fla x Flu da final do Campeonato Carioca. No entanto, o dia teve um fim trágico na pizzaria, que foi local do assassinato do torcedor tricolor Thiago Motta. Bruno Tonini de Moura também ficou ferido.
O cinegrafista teria se envolvido em uma confusão com o policial penal Marcelo de Lima por conta de um último pedaço de pizza no estabelecimento. A confusão terminou com tiros disparados pelo agente na direção do torcedor. Em entrevista ao site "Uol", Renata, esposa do dono da pizzaria, contestou a narrativa.
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- Não trabalhamos com pizza pronta, são pedidas e feitas na hora. Não pode ter briga por pizza porque a massa nunca acaba, sempre fazem mais. Não acaba assim em uma saída de jogo. Com certeza não foi por isso - disse a mulher.
A esposa do dono do estabelecimento pediu para não ter o sobrenome divulgado pela matéria, mas continuou a relatar o que conseguiu presenciar na discussão. De acordo com a mulher, o som estava alto e o lugar muito cheio, o que impossibilitou a ela entender o motivo principal da briga entre os torcedores.
- Eles estavam atrapalhando o movimento dentro da loja no corredor de passagem. Pedi para saírem duas vezes. Estavam o assassino e a vítima muito próximos. Parecia que era um início de briga e eu queria que eles saíssem. No final, fui eu quem saí para fumar, ver ou alertar os policiais se vinham para cá. Falei com eles, estava ciente e de olho, mas começou a briga lá fora. Voltei para dentro e deu o tiro - concluiu.
INVESTIGAÇÃO EM ANDAMENTO
Marcelo de Lima foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Rio de Janeiro nos arredores do Maracanã. Ele se encontra preso preventivamente, e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso.
O processo ainda está em captação de dados. Amigos das vitimas tentam reunir provas e convocar qualquer um que tenha visto o episódio a se apresentar para depor. Na audiência de custódia, houve a alegação que Marcelo de Lima agiu em legítima defesa, porém a tese foi descartada de imediato pelo juiz Bruno Rodrigues Pinto.