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Galvão abre jogo sobre Luciano do Valle e quase saída da Globo

Em participação no programa Grande Círculo, do SporTV, narrador revelou bastidores da carreira, incluindo decisão de deixar a emissora após a Copa de 86

Galvão Bueno em participação no Grande Círculo
Divulgação/SporTV

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O narrador apresentador Galvão Bueno concedeu uma entrevista reveladora ao programa O Grande Círculo, exibido na madrugada deste domingo no SporTV. Falando sobre bastidores da sua longa carreira, Galvão abriu o jogo sobre sua rivalidade com Luciano do Valle e sobre a sua saída da Globo que não se concretizou em 1986.

Somando mais de 45 anos de carreira, Galvão chegou à emissora carioca em 1981, período onde Luciano do Valle também trabalhava na rede. Galvão lembra com carinho do amigo de profissão:

- Luciano do Valle foi um dos grandes gênios da comunicação. Nós fomos aqueles rivais que um puxa o outros. Nós competíamos na audiência, mas sempre fomos amigos. Quando eu vim, ele ficou com a Seleção Brasileira e eu com a Fórmula-1. Os outros jogos, nós dividíamos. Foi uma honra para mim ter dividido com o Luciano.

Um leve atrito com Boni, um dos diretores de conteúdo da Rede Globo, quase decretou a saída de Galvão da emissora. Em 1986, o narrador soube que não trabalharia mais nos jogos da Seleção Brasileira e pediu para sair, mas voltou atrás.

- Foi uma opção do Boni. Ele foi influenciado pela importância de São Paulo e Osmar Santos era um gênio. Houve uma decisão do Boni. Acho que fiz uma bela Copa do Mundo e narrei um jogo do Brasil, que foi contra a Argélia. O Osmar teve um probleminha. Só que eu avisei para eles que, depois da Copa, iria embora. Negociei sério para sair, mas o bom senso acabou prevalecendo e eu acabei permanecendo. Não tenho do que reclamar. De 90 para cá, fiz todos os jogos do Brasil.

Galvão também recordou a bronca que levou no dia do tricampeonato mundial de Ayrton Senna. Segundo o narrador, quando viu Berger entregar a corrida para o piloto brasileiro, soltou um 'Eu já sabia' no ar.

- Bronca mesmo eu levei foi no tricampeonato do Ayrton Senna. Eu esperava que acontecesse. No jantar da véspera, eles meio que combinaram. Berger não gostou nada do Senna deixá-lo passar. Como eu sabia da história, esperava que fosse acontecer.

Sobre uma transmissão que faltou em sua carreira, Galvão não pensou duas vezes: Gustavo Kuerten.

- Me faltou Guga. Eu fiz uma transmissão do Guga numa Olimpíada. Ganhou. Mas me faltou fazer a saga do Guga. Não é esse ou aquele jogo - declarou.

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