Tinga admite encontro com Bolsonaro, mas nega participação em pronunciamento
Ex-atleta contou que foi chamado pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, para 'conversar sobre futebol e questões sociais'. Falas do presidente do Brasil foram criticadas
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O ex-jogador Tinga negou em nota, nesta quarta-feira, que esteja envolvido no pronunciamento do presidente da República Jair Bolsonaro sobre o coronivírus. Ele tinha sido apontado pela "Folha de S. Paulo" como um dos participantes da elaboração do discurso presidencial que Bolsonaro exibiu em cadeia nacional, na noite desta terça-feira.
O presidente da República foi criticado pelas palavras que vão em desacordo com diversas ordens da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a COVID-19. Porém, Tinga veio à público rechaçar a informação de que estaria próximo das pessoas que elaboraram o discurso de Bolsonaro, mas confirmou que esteve em Brasília para uma reunião com o Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e até encontrou com o presidente na última terça-feira, mas falaram apenas amenidades.
A pauta da reunião com o ministro, segundo Tinga, era uma conversa sobre o futebol brasileiro e questões sociais, já que o ex-atleta tem trabalhos voltados para a área social do esporte.
- Nosso encontro não fazia parte da agenda da presidencial, muito menos para tratar de qualquer assunto de caráter oficial. Nos poucos minutos em que estive no gabinete, conversamos apenas sobre amenidades. Em instante nenhum foi sequer ventilado que o presidente iria fazer um pronunciamento à nação no período da noite - disse o ex-jogador.
Tinga emitiu uma nota à imprensa, explicando os motivos de estar em Brasília e ainda lamentou que não fora procurado para confirmar ou não se participou da elaboração do discurso.
O ex-meio de campo se notabilizou por atuações seguras dentro de campo mas também na luta contra racismo no futebol. Ele foi vítima do crime em diversas oportunidades quando era atleta de futebol.
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Confira a nota na íntegra
Estou vindo a público para esclarecer sobre a notícia de que participei de uma reunião em Brasília para colaborar no discurso do presidente Jair Bolsonaro.
Há duas semanas recebi uma ligação do ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni que queria conversar sobre futebol e questões sociais. Nesse mesmo dia, Lorenzoni me convidou a ir à Brasília para ouvir minha opinião sobre o tema.
A reunião foi agendada para essa terça-feira, dia 24 de março. Ao término, o ministro me levou até ao gabinete da presidência da república para me apresentar ao presidente Jair Bolsonaro.
Nosso encontro não fazia parte da agenda da presidencial, muito menos para tratar de qualquer assunto de caráter oficial. Nos poucos minutos em que estive no gabinete, conversamos apenas sobre amenidades. Em instante nenhum foi sequer ventilado que o presidente iria fazer um pronunciamento à nação no período da noite.
A notícia que liga a minha pessoa ao conteúdo da fala do presidente Jair Bolsonaro não faz nenhum sentido. Lamento que o jornalista que veiculou a matéria não tenha me procurado para checar e/ou confirmar as informações.
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