Jornalista da ESPN detona abraço de jogadores do Corinthians em Cuca e fala em apoio da ‘macholândia’
Comentarista classificou como "erro" a decisão do treinador de contratar uma assessoria jurídica para "esclarecer" o tema
- Matéria
- Mais Notícias
O jornalista Eugênio Leal, da ESPN, afirmou durante o Sportscenter desta quinta-feira que o abraço dados por jogadores do Corinthians em Cuca após a classificação na Copa do Brasil passa a imagem, para as mulheres, que a "macholândia" apoia violência sexual contra mulher.
Eugênio criticou nominalmente Cássio e Roger Guedes e disse ainda que o apoio pode ser confundido como uma "passada de pano" para a violência sexual.
Relacionadas
+ Eric Faria se desculpa por postura da imprensa no caso Cuca: 'Errei como jornalista'
- O grande problema disso e da forma como foi feito na hora de uma vitória dramática com disputa de pênaltis, com Cassio como herói da disputa e Roger Guedes como herói do jogo, os dois levantando o braço para o Cuca, a imagem passa a interpretação de que eles (jogadores) estão a favor da violência sexual. O que passa na cabeça deles é: 'eu faço parte de um grupo onde ele está sendo muito criticado, então vou mostrar que estou junto com ele, um por todos e todos por um, acho que é mais ou menos isso que passa pela cabeça dos jogadores do Corinthians'. Para mulher que está de fora, passa a imagem que "a macholândia está aprovando o estupro" - disse.
- Ou pelo menos aprovando um condenado por isso - interrompe o apresentador Bruno Vicari.
Eugênio segue falando sobre o tema e trata como um erro a interpretação de Cuca de que teria sido julgado pela internet. O jornalista ainda classificou como "erro" a decisão do treinador de contratar uma assessoria jurídica para "esclarecer" o tema.
- Há um erro nisso que o Cuca repetiu na entrevista é de que ele foi julgado pela internet. Ele não foi julgado pela internet, ele foi julgado pela Justiça da Suíça. E foi condenado. É verdade que o crime já prescreveu em 2004. O crime foi em 87. Então ele não deve nesse momento nada. Eles ficaram 30 dias presos na Suíça, mas vieram para o Brasil e hoje essa pena já prescreveu. (...) Até por isso acho que até que ponto vale a pena estabelecer advogados na Suíça para um assunto que já acabou e está encerrado - disse.
- Uma coisa que não se mexe é na imagem dele. A cobertura da imprensa na época era bem diferente, era passando pano, aliviando, foram tratados como heróis, como se tivesse sido injustiçados. Não havia a facilidade de acesso a informação como tinha antes. Ai fica o dito pelo não dito. Só que a sociedade se transforma. E o aconteceu ontem é uma vitória do movimento das mulheres. O treinador não aguentou a pressão, especialmente das mulheres, o treinador entregou o cargo. Não aguentou a pressão - concluiu.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias