‘Não vale porr* nenhuma’: Galvão Bueno detona presidente da La Liga, critica Tite e enaltece Vini Jr.

Convidado do 'Flow Podcast' de terça-feira (30), Galvão Bueno relembrou o ataque racista sofrido por Vinicius Júnior durante partida do Campeonato Espanhol, no estádio Mestalla, em Valência. O narrador aproveitou o espaço para falar da importância da luta antirracista e criticou com veemência a postura de Javier Tebas, presidente da La Liga, a quem ele se referiu como alguém ''de cabeça estragada''.

— O futebol brasileiro é diferente. A gente fala da Premier League, da Série A da Itália, e da La Liga... aliás, falando em La Liga, podiam dar um pé na bunda desse presidente. Ele só fala bobagem e a cabeça dele é estragada. Óbvio que estou falando da situação do racismo contra o Vinicius Júnior. Não basta só falar sobre, tem que ser antirracista e tem que tomar atitude antirracista. Ele (Javier Tebas) não vale porr* nenhuma -, e prosseguiu:

— A última dele foi dizendo: 'Está acontecendo com Vinicius o que aconteceu com o Cristiano Ronaldo e Messi, sobre protagonismo e críticas'. Gente? É completamente diferente ser criticado por estar em foco e alguém ir a um programa dizer que o jogador está fazendo ''macaquice'' e uma torcida te chamar de ''macaco''. O presidente da La Liga fazer uma comparação dessa? Ele é um balde imenso (de falar merd*) -, opinou Galvão.

Galvão Bueno também relembrou as origens e a trajetória de Vinicius Júnior para enaltecê-lo. Para o narrador, o brasileiro mexeu com o mundo e superou inúmeras adversidades para atingir lugares que nenhum outro atleta conseguiu.

— O Vini Júnior é de outro mundo. Minha admiração por ele aumenta a cada dia. Ele veio de origem simples, ele saiu de um gigante para outro gigante, do Flamengo para o Real Madrid, e ainda teve técnico muito famoso por lá falando que ele não ia vingar. A forma com que ele foi se impondo, se impondo... e o Tite ainda o tirou do jogo na Copa do Mundo. Meu Deus do céu! O Vini tem que ficar em campo com uma perna só -, e continuou:

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- Primeiro ele se impôs como jogador. O racismo é forte na Espanha mesmo e ele ainda resolveu encarar. Além do craque, ele tem personalidade. Ele mexeu com o mundo. O Presidente do Brasil se manifestou, o primeiro ministro da Espanha se manifestou, a embaixadora da Espanha no Brasil foi convocada. Ele mexeu com o mundo, cara. O Real Madrid entrou com camisas em homenagem. Existe uma tradição por lá que os presidentes dos dois clubes se sentam lado a lado na tribuna, e no jogo seguinte, contra o Rayo Vallecano, o Vinicius Júnior sentou entre os dois mandatários. Deram pouco destaque a isso. Um jogador preto sentado entre os presidentes. Brasil e EUA têm dívidas impagáveis pela escravidão, até onde foi. O racismo continua e tem aqui também. É preciso que quem tenha peso se manifeste de maneira forte, muito forte.