‘Só Pelé importa’ e ‘charme especial’: Silvio Luiz e André Henning falam dos 80 anos do Pacaembu
Narradores da 'Rede TV!' e 'Esporte Interativo', respectivamente, contaram ao L! histórias marcantes dentro do estádio: 'Ficava imaginando como seria o Pacaembu pelas narrações'
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Ao melhor estilo clássico e rústico, o Estádio do Pacaembu completa 80 anos de fundação, nesta segunda-feira. Responsáveis por darem voz aos grandes momentos do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, Silvio Luiz, da “Rede TV!”, e André Henning, do “Esporte Interativo” foram convocados para lembrarem emoções vividas nas cabines de transmissão. Para Henning, a paixão pelo local veio antes do jornalismo.
- Quando o meu pai era correspondente internacional, devia ter uns 5 anos, ficava imaginando como seria o Pacaembu pelas narrações. Tem um charme mais do que especial. O estádio mais charmoso de São Paulo e uma página importante do futebol paulista. Os torcedores chegando pela Charles Miller, todos se reunindo ali, procurando vaga, chegando em cima da hora. Entrevistei muitos torcedores ali e é muito marcante tanto como torcedor e profissional.
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Aos 85 anos, boa parte da vida do histórico narrador Silvio Luiz foi transmitindo nas cabines de rádio do Pacaembu. Entre jogos marcantes e ídolos, Silvio crava o maior craque que viu no estádio: "Pelé, só ele importa".
Ele também diz que a cena do ex-lateral-esquerdo Alfredo Ramos, ex-São Paulo, com uma fratura exposta em um jogo entre São Paulo e Corinthians, em 1957, foi a principal imagem que ficou em sua memória.
-Minha lembrança era de quando o placar era na concha acústica e, a cada gol do time, subia uma bandeirinha amarela do lado do vestiário do time. Não há melhor lugar para se assistir um jogo de futebol. A grande cagada foi terem feito a concha acústica.
Inaugurado em 1940, o Pacaembu era visto como um dos mais modernos da América do Sul com sua capacidade para 70 mil pessoas. Marcado na mente de muitos torcedores, o “Paca”, localizado na zona central da cidade de São Paulo, impressiona por sua acústica e originalidade.
Segundo o narrador do "EI", embora ele tenha guardado recordações no jornalismo, as mais fortes derivam do tempo de criança.
- A minha história com o Pacaembu é muito mais sentimental do que emocional. Apesar de que o primeiro título que eu narrei, ainda no rádio, foi uma Copa São Paulo de Futebol Júnior, onde o Corinthians foi campeão em cima do Nacional - disse ele, e finalizou:
- Tenho o sentimento de ouvir Osmar Santos no rádio. Em 90% dos jogos que eu ouvia com o Osmar narrando, quando eu morava fora de São Paulo, era ouvindo a AM com ele descrevendo o Pacaembu: “O gol dos portões da praça Charles Miller. As bandeiras estão tremulando, a torcida aqui perto do tobogã". É mais sentimental que profissional. Está em 90% das minhas memórias do rádio, como ouvinte, que me fizeram escolher o jornalismo esportivo.
Para a data comemorativa, o LANCE! convocou uma série de craques responsáveis por dar voz às emoções ali vividas. Milton Leite, Gustavo Villani, da “Globo”, Silvio Luiz, da "RedeTV!", André Henning, do “Esporte Interativo”, Penidão, da “Rádio Globo RJ”, e Oscar Ulisses, da “Rádio Globo SP”, foram os eleitos para contarem os mistérios do charmoso estádio e comentarem seus momentos marcante no Pacaembu.
*sob supervisão de Tadeu Rocha
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