Presidente do Brasil, Lula abriu uma entrevista coletiva no Japão, onde participa de reunião do G7, falando sobre os ataques racistas sofridos por Vini Jr em jogo do Real Madrid, na Espanha. Além do chefe do executivo, outros representantes do governo como os ministros Flavio Dino e Anielle Franco já haviam cobrado medidas da La Liga, que se manifestou por meio de seu presidente rebatendo a versão do jogador brasileiro.
Apesar de não citar Vini Jr nominalmente durante o discurso, Lula falou com detalhes sobre o tema, citando inclusive o Valência, time adversário do Real Madrid neste domingo. O político cobrou uma posição da Fifa e da La Liga, e lamentou o aumento de casos de racismo em estádios na Europa.
- Eu quero fazer um gesto de solidariedade ao jogador brasileiro, jovem, negro, que joga no Real Madrid, que no estádio do Valência, foi fortemente atacado, sendo chamado de macaco. Não é possível que quase no meio do século 21 a gente tenha o preconceito racial ganhando força em vários estádios de futebol na Europa. Um menino pobre que venceu na vida. Um dos melhores jogadores do mundo. Certamente no Real Madrid ele é o melhor. É ofendido em cada estádio que comparece. Penso que é importante a Fifa, a liga espanhola e de outros países tomem providências, pois não podemos permitir que o fascismo e o racismo tome conta dos estádios de futebol - disse, em discurso transmitindo pela 'TV Brasil'.