Um duelo inesquecível: Manga x Nelinho na final de 1975
O goleiro que faleceu hoje teve atuação destacada no primeiro título do Internacional

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A morte de Haílton Corrêa de Arruda, mais conhecido como Manga, goleiro legendário do Internacional entre outros, trouxe à memória dos colorados o duelo inesquecível entre Manga e o lateral-direito do Cruzeiro Nelinho, na final do Campeonato Brasileiro de 1975. A partida terminou 1 a 0 para o alvirrubro, que levantou sua primeira taça nacional. O que está sendo recordado, porém, é o talento que os dois mostraram em parte a partida. Com vantagem para o camisa 1, para alegria alvirrubra.
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Claro que o "Gol Iluminado", marcado pelo zagueiro Elias Figueroa após cobrança de falta de Valdomiro, que colocou a bola na última réstia de sol que banhava o gramado, é o lance do jogo. O duelo entre Manga e Nelinho, no entanto, também traz boas memórias aos colorados. Assim como é motivo de tristeza para os celestes.

Para mineiros, Cruzeiro parou nas mãos de Manga

Os dois lados tinham grandes time. Do lado vermelho, Manga, Figueroa, Falcão, Carpegiani, Valdomiro… Do azul, Raul, Piazza, Nelinho, Zé Carlos, Palhinha, Joãozinho… O equilíbrio era tanto que, para os mineiros, a Raposa só não ficou com a taça por causa das milagrosas defesas do goleiro de dedos tortos. Principalmente nas cobranças de falta do camisa 4, dono de um dos chutes mais fortes da época.
No primeiro tempo, o lateral arriscou um chute de longe, pela ponta-esquerda, obrigando Manga a mandar a bola por cima para escanteio. Até de pé esquerdo, que não era seu forte, o lateral utilizou na tentativa de surpreender a muralha colorada. Na segunda etapa, Manga entrou para o bastião do futebol nacional ao fazer quatro defesas milagrosas.
Na primeira, Nelinho cobrou falta da intermediária pelo lado direito. A imagem atrás do gol mostra a curva que a bola fez quase em cima do goleiro. Como um gato, o 1 espalmou para fora. Depois, em uma cobrança de escanteio pela direita, o mineiro tentou gol olímpico, mas Manga foi buscar de novo. Em outro escanteio cobrado pelo 4, o goleiro colorado saltou e fez a defesa com uma mão só.
O lance do jogo
E, então, no lance mais perigoso, uma falta frontal, quase no centro da intermediária. Nelinho chutou com o tal “efeito procurante”. A bola passou pelo lado direito da barreira e se destinava ao lado esquerdo da goleira. Só que do outro lado tinha Manga. Ele saltou com a agilidade e agarrou a redonda. Lance mostrado no vídeo abaixo.
– Eu tentei tudo naquela bola. O efeito pegou direitinho, mas o Manga foi melhor ainda – disse o Nelinho em uma entrevista em 2020.
– Foi a maior defesa da minha vida – afirmava o pernambucano, que jogou no Botafogo ao lado de Garricha e Nilton Santos, no Nacional, do Uruguai, entre outros clubes, além de defender a seleção brasileira na Copa de 1966.
– Nunca mais vai existir outro Manga. Nos entristece, mas ao mesmo tempo nos dá um orgulho saber que trabalhamos juntos, jogamos juntos e conquistamos coisas juntos – disse Cláudio Duarte, o Claudião, lateral-direito colorado naquela final.

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