Veja o que se sabe sobre a tragédia que deixou um torcedor morto após Flamengo x Fluminense
Um torcedor morreu e outro segue ferido em estado grave após serem baleados por um policial depois de uma discussão em um bar próximo ao Maracanã
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O caso de violência ocorrido no Rio de Janeiro, no último final de semana, após o Fla-Flu, ainda segue tendo repercussões. Thiago Leonel Fernandes da Motta e Bruno Tonini foram baleados pelo agente penitenciário Marcelo de Lima após uma discussão iniciada por causa de duas pizzas brotinhos. Thiago não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Sobrevivente dos disparos, Bruno segue internado em estado grave. O policial, autor do crime, segue detido pelas autoridades.
Três dias após o crime, o LANCE! detalha o desenrolar dos acontecimentos, o estado de saúde de Bruno Tonini e o andamento das investigações contra o agente penitenciário Marcelo de Lima.
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DISCUSSÃO POR PIZZAS BROTINHOS
Segundo o "g1", testemunhas relataram que Thiago Motta e Bruno Tonini estavam no bar após o jogo, quando Thiago pediu duas pizzas brotinho que estavam em uma estufa. Eram as últimas unidades à venda. De acordo com os relatos, Marcelo alegou também ter feito um pedido e tentou tomar uma das pizzas das mãos de Thiago.
Houve um princípio de discussão, e Marcelo teria sido retirado do bar sob agressões. Uma das testemunhas afirmou que o policial penal retornou minutos depois com uma arma e atirou nove vezes contra Thiago, que morreu na hora. Ele foi enterrado na segunda-feira.
Thiago tinha 40 anos e trabalhava como operador de câmera, diretor de fotografia e sambista. Ele atuou na equipe de programas televisivos como "A Grande Família" e "Sob Nova Direção". Na música, Thiago foi um dos criadores do Samba pra Roda, que ganhou fama ao tocar no Bar do Omar.
TORCEDOR EM ESTADO GRAVE
Amigo do cinegrafista, Bruno ficou ferido pelos disparos e foi levado para o Hospital Badim, que fica próximo ao local. O homem de 38 anos, que trabalha como fotógrafo, foi alvejado por, ao menos, quatro disparos. Sendo atingido no abdômen, braço e por um tiro de raspão na cabeça. Bruno foi operado e segue sendo monitorado no Centro de Tratamento Intensivo da unidade.
AGENTE PENITENCIÁRIO PRESO
Marcelo foi preso em flagrante no local por agentes da Polícia Militar. De lá, ele foi encaminhado para a 19ª DP, na Tijuca. Ele responde por homicídio qualificado por motivo fútil e tentativa de assassinato contra outra vítima. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) é a responsável pelo caso.
Inicialmente, o agente foi encaminhado para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica. Contudo, o oficial foi transferido para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói, na segunda-feira. O local é destinado para policiais civis e penais da ativa. O policial penal fazia parte do Grupamento de Intervenção Tática (GIT), unidade especial para atuar em rebeliões de presídios e fazer a escolta de presos perigosos.
Juiz que determinou a sentença de Marcelo, Bruno Rodrigues Pinto ainda declarou uma tentativa de fuga do agente. Ainda de acordo com a autoridade do processo, as circunstâncias do crime “revelam uma personalidade extremamente violenta e desajustada” do policial. Segundo o magistrado, não há indícios de que o homem agiu em legítima defesa, como alega a defesa do policial.
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