Da lama à fama: Cincinnati Bengals sonha com inédita conquista do Super Bowl após ser a pior equipe da NFL em 2019
Liderados por Joe Burrow e Ja'Marr Chase, Bengals retornam ao Super Bowl após 33 anos
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A temporada do Cincinnati Bengals pode ser definida como uma montanha-russa de emoções. A franquia que, no início da disputa não aparecia na galeria dos favoritos para alcançar o Super Bowl, não conseguiu ganhar mais de três partidas consecutivas, feito conseguido apenas já próximo do encerramento da temporada regular.
Até a semana 5, a equipe de Joe Burrow havia vencido três jogos - Minnesota Vikings, Pittsburgh Steelers e Jacksonville Jaguars - e saído de campo derrotada diante de Chicago Bears e Green Bay Packers. No restante do certame, o Cincinnati seguiu na frequência alternada, com vitórias bastante positivas contra o Baltimore Ravens por duas vezes, além de outro resultado positivo ao encarar o Pittsburgh Steelers novamente, sem tomar conhecimento de seus rivais da AFC North. Nos confrontos contra os Ravens, por exemplo, o ataque poderoso de Burrow anotou 41 pontos, marca também realizada diante dos Steelers.
A grande pedra no sapato dos Bengals também veio de sua própria divisão. Nos dois compromissos contra o Cleveland Browns, o Cincinnati não experimentou o sabor da vitória, chegando a, inclusive, ser derrotado pelo adversário por 41 a 16, na semana 9.
Duas rodadas depois, até então com o retrospecto de sete triunfos e quatro resultados negativos, a temporada dos Bengals esteve sob risco de eliminação após mais duas derrotas consecutivamente contra Los Angeles Chargers e San Francisco 49ers. Entretanto, a sorte voltaria a sorrir para a franquia que, nas quatro últimas semanas, passou por Denver Broncos, Baltimore Ravens e Kansas City Chiefs para conquistar a AFC North e, por consequência, a vaga no Wild Card da Conferência Oeste.
Nos playoffs, o Cincinnati Bengals teve três compromissos distintos. Contra o Las Vegas Raiders, o time esteve sempre à frente do placar apesar da partida pouco efetiva de Joe Burrow, interceptado por duas vezes. Diante do Tennessee Titans e Kansas City Chiefs as vitórias vieram de forma emocionante, como o kicker Evan McPherson tendo participação decisiva: contra os Titans, o kicker acabou com o adversário ao acertar um FG de 52 jardas no estouro do relógio. Já na final da Conferência Americana, McPherson foi o responsável por selar a classificação dos Bengals para o Super Bowl depois de concluir o drive de seu time com outro FG, desta feita de 31 jardas.
Lideranças técnicas
Não dá para imaginar que a pior equipe da NFL na temporada de 2019, com apenas duas vitórias e um total de 14 derrotas, conseguiria promover uma reviravolta completa e atingir o sucesso apenas dois anos depois. Muitas das respostas vieram de escolhas acertadas no draft.
Na loteria universitária, os Bengals detinham a primeira escolha geral em 2020 e gastaram a pick com Joe Burrow, quarterback de LSU e que havia acabado de vencer o College Football com sua universidade. Mesmo diante das altas expectativas depositadas no calouro, uma grave lesão ligamentar impediu Burrow de disputar toda a competição e contribuindo para mais uma temporada com saldo maior de derrotas do que vitórias. Em 2021, o Cincinnati voltaria a ter em mente Joe Burrow na hora de realizar sua escolha no draft. Ao optar pelo wide receiver Ja’Marr Chase, os Bengals sinalizavam com a ideia de reviver a parceria de sucesso entre os dois jogadores durante seus tempos de LSU.
Nomes como o running back Joe Mixon, o wide receiver Tee Higgins e o kicker Evan McPherson se provaram decisivos na campanha mais do que positiva do Cincinnati na temporada. McPherson, por exemplo, fez valer a incomum escolha de kickers no draft ao concluir com êxito o field goal que garantiu a grande virada dos Bengals sobre o Kansas City Chiefs na final da Conferência Americana que, de quebra, classificou a franquia para seu primeiro Super Bowl desde 1989.
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