Como o FA no Brasil poderá voltar em tempos de pandemia? Protocolo do Galo FA é referência, mas medidas terão de ser padrão para todos
O fisiologista e preparador físico do Galo Futebol Americano. Lucas Alberto Amarante, explicou como foi elaborado o protcolo de segurança, mas ressalta que nem todos os clubes possuem a mesma realidade, gerando a necessidade de um padrão nas medidas
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A pandemia de Covid-19 completou um ano no mundo e ainda afeta profundamente o Brasil, que está em um processo lento de vacinação. E, o esporte é afetado de uma forma que, para seguir é necessário a criação de uma estrutura que cerque todos os profissionais envolvidos.
O futebol tem utilizado várias formas de prevenção, com testes semanais em seus atletas e medidas que reduzam o risco de contágio pelo novo coronavírus. O exemplo do esporte bretão poderá ser seguido no Futebol Americano Brasileiro para a retomada da temporada de jogos, prevista para o segundo semestre.
Campeonatos estaduais e nacionais terão de adotar protocolos de segurança para serem realizados. Este desafio foi comentado pela presidente da CBFA, Cris Kajiwara, em entrevista exclusiva ao L!.
-Este é um grande desafio(protocolos de segurança) que toda a comunidade esportiva, principalmente a amadora, vai enfrentar em 2021, que é o retorno pós pandemia. Estamos enfrentando ainda um período muito difícil no país e a melhora só deve acontecer com a evolução da aplicação das vacinas. Enquanto isso, vamos trabalhando com o comitê da saúde e médicos infectologistas para que o nosso retorno, quando for possível, seja da forma mais segura possível-disse.
Como os clubes e ligas ainda estão se adaptando ao que ocorreu em 2020, quando as atividades ficaram bem restritas, dificultando a prática do FA no Brasil, um bom exemplo pode ajudar a evitar que haja paralisação total do esporte no país em 2021: o protocolo elaborado pelo Galo FA, que contou com a participação do Atlético-MG na criação e gerenciamento das medidas que permitem que atletas e profissionais do meio possam seguir trabalhando.
O fisiologista e preparador físico do Galo Futebol Americano. Lucas Alberto Amarante Dias. comentou como foi a formatação do protocolo em tempos de pandemia, evitando que a equipe mineira parasse os treinamentos e jogos.
-Estamos vivenciando um momento de muita insegurança que está presente muito além do esporte. E diante desta situação, nós do Galo FA, buscamos formas para darmos sequência aos trabalhos dos anos anteriores e, desde o primeiro momento de reclusão, começamos a realizar atividades remotas para tornar o retorno aos campos mais seguro e com menor índice de lesões-disse Lucas.
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O protocolo do Galo FA é composto por 11 etapas: treino à distância, coleta de dados semanais dos atletas, análise individual dos dados, testes de Covid-19, treinamento da equipe para aplicar treinamentos in loco, retorno aos treinos físicos presenciais, constante avaliação da segurança nos trabalhos, aumentar os grupos de treinos até poder chegar na última fase, a da realização de jogos.
Só com essas etapas cumpridas, mais os procedimentos indicados pelas autoridades de saúde, que se julga seguro colocar os atletas e comissão técnica no campo de jogo. Lucas relatou que o protocolo e medidas tiveram a participação de vários profissionais do clube para criar o protocolo.
- Para viabilizar o retorno presencial, nós do Departamento de Saúde e Desempenho do Galo FA, composto por uma equipe multidisciplinar, com fisiologia, médicos, fisioterapia, socorrista, nutricionista, psicólogo e um estagiário de fisioterapia, contou com o apoio de Diretoria e Presidência do clube para criamos um Protocolo de Retorno ao Esporte. Ele é composto por 11 Fases(VEJA NA IMAGEM ABAIXO AS FASES DO PROTOCOLO) que priorizam a segurança, saúde e realidade do esporte, porém, sempre com a possibilidade de ajustes, baseado nos direcionamentos governamentais do momento-explicou.
O que está sendo feito no Galo FA pode ser uma alternativa para outros clubes e ligas retornarem aos campeonatos de forma segura, criando o ambiente propício para os duelos, reduzindo o risco de contágio. O fisiologista alvinegro fica satisfeito de poder ser exemplo para uma retomada do esporte, mas ressalta que os várias times nacionais têm realidades distintas, o que pode aumentar um risco de contaminação caso não sejam aplicadas as medidas corretas de prevenção.
-Para mim, é uma honra estar à frente da criação deste Protocolo de Retorno que poderá servir de base também para o retorno de outros times. Porém, precisamos ressaltar que muitos times apresentam uma realidade diferente, dificultando o cumprimento de algumas fases e aumentando o risco de contaminação. Estamos ansiosos pela temporada 2021, mas sabemos que para acontecer, todos nós precisamos estar em segurança, sendo com testagens frequentes ou quem sabe com a chegada da Vacina contra a COVID-19. Afinal, a Saúde é o bem mais importante que temos-concluiu.
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