O mundo chora a morte de Diego Armando Maradona, o maior jogador de futebol da história da Argentina e um dos maiores desportistas da história do planeta. Aos 60 anos, o camisa 10 nos deixou para ser eterno e habitar no panteão dos imortais. Consigo, ele carrega o carinho e sobrevive na memória de milhares de milhares de fãs. Dentre eles está Martín Gramática, o primeiro argentino campeão da NFL, e o segundo na história da liga. O primeiro foi Bob Breitenstein, que jogou como offensive tackle de 1965 a 1970.
Vencedor do Super Bowl 37, quando seu time, os Buccaneers derrotou o Oakland Raiders por 48 a 21, no Qualcomm Stadium, em San Diego, na Califórnia, Gramática nasceu em Buenos Aires e mudou-se para os Estados Unidos aos nove anos. Mas uma das coisas que ele jamais deixou foi a paixão pelo futebol da bola redonda. Torcedor fanático do Boca Juniors, o maior ídolo de Gramática sempre foi e será Diego Maradona. um símbolo e embaixador da equipe xeneize.
- Diego é o maior de todos. Sem mais - buscou sintetizar Gramática, em contato com o Lance!. Em suas redes sociais, o ex-jogador promoveu uma série de homenagens a Maradona.
- Desde pequenos todos queríamos ser Diego. Ele sempre foi o maior para nós. Nos deu muitíssimas alegrias. Graças a Deus, eu tive a oportunidade de conversar com ele em uma entrevista de rádio. Foi um dos grandes momentos da minha vida e eu vou ser eternamento agradecido por isso - acrescentou o ex-jogador.
O amor pelo Boca foi repassado aos seus três filhos. O ex-jogador está sempre ao lado do time xeneize em excursões pelos Estados Unidos.
Quando da sua mudança para os Estados Unidos, Gramática manteve a paixão pelo futebol, algo que conserva como bom argentino, mas ele também descobriu o futebol americano.
- Joguei futebol por toda a minha vida, cheguei por uma casualidade ao futebol americano. Estava em Necaxa e me pediram para ser o kicker de um colégio, para ajudá-los. Queria ter uma bolsa de estudos e eles me deram. No princípio não gostava, não me agradava usar as roupas e os equipamentos. Não sabia as regras. Foi tudo muito novo. Por sorte, eu fui bem - contou Gramática, em entrevista ao diário Olé.
O argentino ingressou na Universidade de Kansas State e se tornou um dos melhores jogadores da posição, fazendo parte do primeiro time All American, em 1997. Na época, ele utilizava às costas o número 10 de Maradona. Em 1999, ele foi selecionado pelo Tampa Bay Buccaneers no draft da NFL e se tornou jogador profissional.
A carreira de Gramática durou até 2008. Além do Buccaneers, ele passou por Indianapolis Colts, New England Patriots, Dallas Cowboys e seu último time, o New Orleans Saints. Ele foi ao Pro Bowl, em 2000, além de ter sido eleito duas vezes o jogador de special teams do mês da NFC, em 1999 e 2002. Seu irmão, Bill Gramática, dois anos mais novo, também atuou na NFL como kicker do Arizona Cardinals e Miami Dolphins, além de um período de treinos na offseason no New York Giants, em 2004.