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Mulheres ganham mais espaço em comissões técnicas nos times da NFL

Jen Welter, em 2015, no Arizona Cardinals, abriu caminho para várias outras mulheres que sonham em trabalhar como treinadoras no futebol americano profissional

cleveland browns mulheres equipes
Browns x Washington foi 1º jogo com mulheres nas duas comissões técnicas e na arbitragem (Cleveland Browns/Twitter)

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A NFL completou 100 anos em 2020. Apesar disso, o esporte viveu uma ditadura machista por muitos anos, com apenas em 2015 tendo a primeira mulher a integrar uma comissão técnica na liga. Jen Welter marcou história no Arizona Cardinals, à época dirigido por Bruce Arians, campeão do Super Bowl no ano anterior. Hoje, são oito mulheres como técnicas na liga, em diferentes setores. Tivemos até um jogo histórico na temporada 2020, com mulheres treinadoras nos dois times, além da presença da árbitra Sarah Thomas.

Neste 8 de março, o Lance! celebra algumas das mulheres que estão fazendo história e quebrando barreiras na NFL e no futebol americano – seja dentro ou fora de campo.

Em 2015, o Arizona Cardinals contratou como estagiária Jen Welter - a primeira mulher a integrar uma comissão técnica na história da liga. Ela participou dos treinamentos do time, integrando o Training Camp e as três primeiras partidas da pré-temporada. Welter é laureada no futebol americano, tendo jogado 12 temporadas do esporte, em ligas semi-profissionais nos Estados Unidos. Pelos Estados Unidos, ela foi campeão do Mundial Feminino de futebol americano, em 2010 e 2013. Posteriormente, Welter ainda trabalhou no Atlanta Legendes, na Alliance of American Football - liga formada e extinta em 2019.

Mas o mais importante da participação de Jen Welter foi o seu legado na NFL. Ao derrubar barreiras com seu pioneirismo em 2015, ela abriu portas para muitas outras garotas com o sonho de trabalhar no mais alto nível do futebol americano. Em 2020, foram oito mulheres entre as comissões técnicas das franquias da liga: Jennifer King (assistente-técnica de OL do Washington Football Team), Callie Brownson (chefe de estafe do Cleveland Browns), Emily Zaler (preparadora física do Denver Broncos), Chelsea Romero (preparadora física do Los Angeles Rams), Katie Sowers (assistente-técnica de WR do San Francisco 49ers), Lori Locust (assistente-técnica de DL do Tampa Bay Buccaneers), Maral Javadifar (preparadora física do Tampa Bay Buccaneers) e Cristi Bartlett (preparadora física temporária do Tennessee Titans).

História sendo feita

Em 2020, barreiras foram quebradas através destas bravas desbravadoras na NFL. No já citado jogo com presença feminina nas duas sidelines a na arbitragem, Jennifer King, do Washington Football, Callie Brownson, do Cleveland Browns, se enfrentaram. Em campo, melhor para Brownson, com vitória dos Browns por 34 a 20. Mas a realidade é quem quem ganhou foi o mundo da NFL, que ali progrediu bastante na inclusão das mulheres no esporte.

Browson, aliás, também fez história em outro ponto da temporada. Com o surto de Covid-19 no Cleveland, ela atuou como técnica de tight ends na partida contra o Jacksonville Jaguars, substituindo Drew Petzing. Foi a primeira vez que uma mulher foi a treinadora principal de uma posição na NFL. Brownson ganhou uma menção no Hall da Fama da NFL pelo feito, com a camisa que usou e uma bola da partida sendo exibidas em Canton, Ohio.

O Super Bowl também teve duas mulheres integrantes de comissão técnica de times da NFL campeãs pela primeira vez na história. Lori Locust e Maral Javadifar vão receber os anéis celebrando o título por sua contribuição à vitória do Bucs sobre o Kansas City Chiefs. E o técnico que as contratou? Bruce Arians, o mesmo que abriu o caminho para Jen Welter ser a primeira mulher treinadora na NFL.

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