Prévia da semana 12 – coronavírus afetou a rodada, com alteração de calendário e time sem QBs à disposição
Denver Broncos terá que improvisar na posição de quarterback após Jeff Driskell testar positivo para Covid-19 e ter contato com demais QBs do time
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O Dia de Ação de Graças, conhecido nos EUA como Thanksgiving, foi a cerimônia de abertura da Semana 12 da NFL, como tradicionalmente acontece na quarta quinta-feira de novembro. No feriado deste ano só ocorreram dois jogos, porém, com o jogo entre Steelers e Ravens sendo adiado para a próxima terça-feira (1/12). A rodada começou com os Texans amassando a defesa dos Lions, vencendo por 41-25, e terminou com o Washington Football Team detonando os Cowboys por 41-16.
A semana continua neste domingo (29/11), com algumas rivalidades ganhando vida e confrontos cruciais para o dar forma à agenda de playoffs, e se estende até terça-feira. Confira o que esperar dos próximos jogos da NFL!
Buffalo Bills (7-3) vs. Los Angeles Chargers (3-7)
Os Bills, que tiveram uma dolorosa derrota no finalzinho do jogo contra os Cardinals na semana 10, buscam se manter na liderança da AFC Leste, aproveitando que os Dolphins também perderam no último domingo, enquanto o time de Sean McDermott estava em bye. Para isso, precisarão que Stefon Diggs e Cole Beasley consigam criar separação suficiente para facilitar a vida de Josh Allen, já que não contarão com sua deep threat designada, o WR John Brown, que não joga devido a uma lesão no tornozelo.
Os Chargers, por sua vez, terão que lidar com as ausências de Melvin Ingram e Casey Heyward na defesa para tentar parar o ataque aéreo de Buffalo. Para isso, precisarão que Justin Herbert tenha mais uma boa atuação, além de um bom trabalho de seu jogo terrestre, que tem sido pouco eficiente ao longo do ano.
Os Bills chegam com todo o favoritismo possível apesar da derrota na semana passada, que interrompeu uma sequência de vitórias que persistia desde outubro. Los Angeles parece a cada semana estar conseguindo montar um time consistente, mas que peca em momentos cruciais e implode no final das partidas. Por isso, uma surpresa neste domingo é menos provável do que a torcida dos Bolts gostaria.
New England Patriots (4-6) vs. Arizona Cardinals (6-4)
Os Cardinals precisam muito de uma vitória neste confronto para se manterem na briga por uma vaga na pós-temporada. Seja vencendo a divisão ou beliscando um lugar como wildcard, o time de Kliff Kingsbury não pode vacilar mais uma vez contra um adversário tecnicamente mais fraco, como fez ao perder para Detroit e Carolina no começo da temporada. Não é toda semana que se pode contar com uma recepção milagrosa de DeAndre Hopkins nos instantes finais de um jogo, e portanto Andy Isabella e Christian Kirk precisarão tomar mais protagonismo e suprir a ausência de Larry Fitzgerald, fora após testar positivo para Covid-19. Kyler Murray luta contra uma lesão no ombro direito, mas será o quarterback titular.
Os Patriots terão pela frente o desafio de provar que conseguem jogar contra quarterbacks móveis, que são historicamente um certo “calcanhar de Aquiles” de Bill Belichick. Kyler Murray lidera a NFL em jardas corridas dentre os QBs, mas é seguido por Lamar Jackson, que os Patriots tiveram sucesso neutralizando na semana 10. Apesar do recente sucesso defensivo, New England tem um duro (e improvável) caminho em direção aos playoffs, e os desfalques na linha ofensiva e no corpo de running backs podem atrapalhar os sonhos da franquia de Massachusetts, que desde 2000 não terminam uma temporada com campanha pior que 9-7. Os Cardinals são favoritos, mas a previsão do tempo para domingo é sua melhor amiga: temperatura amena (12°C) e previsão de sol. Caso o clima vire, os Patriots, acostumados a jogar sob condições apavorantes, podem se safar com a vitória.
New York Jets (0-10) vs. Miami Dolphins (6-4)
Os Dolphins vão ao MetLife Stadium neste fim de semana para algo que parece mais uma protocolar partida, mas pode ser um alerta de trap game para quem quiser apostar no time da Flórida. A decisão de Brian Flores de botar Tua Tagovailoa no banco durante a derrota para os Broncos, enquanto o time tinha todas as chances de buscar o empate, pode ter abalado a confiança do jovem QB e de todo o elenco. Miami tem um duro caminho em direção aos playoffs, estando um jogo atrás dos líderes da divisão, e em uma briga árdua pelo wildcard. A recuperação de Tua, que teve participação limitada nos treinos desta semana devido a uma lesão no polegar, é crucial para que a zebra seja espantada.
Por falar em zebra, os Jets apostam na rivalidade divisional para dar algum incentivo ao seu grupo de atletas, além do aguardado retorno de Sam Darnold a campo. Com seu jovem quarterback como titular, a equipe de New York pode voltar a ser competitiva, e um corpo de recebedores estando saudável pode ajudar o time de Adam Gase a finalmente tirar o zero da coluna de vitórias.
A forte defesa dos Dolphins, porém, põe em risco qualquer narrativa de esperança dos Jets, e é a chave do favoritismo de Miami independentemente de quem seja o QB titular no domingo.
Cincinnati Bengals (2-7-1) vs. New York Giants (3-7)
O que seria um jogo com potencial para certo brilho do ataque dos Bengals perdeu toda a cor para a equipe de Ohio. Com múltiplas lesões no joelho, Joe Burrow está fora da temporada, e quaisquer esperanças de melhoria foram por água abaixo. Ryan Finley será o titular nesta semana e provavelmente no resto do ano, a defesa não tem jogado nada bem e a linha ofensiva é desesperadamente esburacada. A tendência agora é que Cincinnati entre na rota de uma escolha alta de draft, que pode acabar sendo convertida em múltiplas picks, ou pode ser usada para selecionar um offensive lineman, sendo Penei Sewell um possível candidato.
Os Giants, apesar da campanha similar, estão numa situação oposta na tabela, com chances de assumir a liderança da NFC Leste caso vençam, contando com uma derrota dos Eagles. A fase de NY é boa: duas vitórias seguidas, três nas últimas cinco partidas, sendo as duas derrotas por apenas um ou dois pontos. Daniel Jones está tomando conta da bola melhor, e a defesa vem apresentando sinais de evolução. O jogo terrestre, com Wayne Gallman, pode ser crucial para ajudar a equipe visitante a manter o controle da partida. Os Giants são francos favoritos para este jogo, mas uma derrota pode pôr em risco o trabalho de Joe Judge para o ano que vem, especialmente se ficarem de fora da pós-temporada.
Indianapolis Colts (7-3) vs. Tennessee Titans (7-3)
A revanche do Thursday Night Football da semana 10 promete ser um dos grandes jogos deste domingo, e os Titans vêm a todo vapor para tomar de volta a liderança da AFC Sul. Após uma vitória heroica contra os Ravens, a equipe de Mike Vrabel precisa manter o ritmo para vencer os Colts, já que outra derrota para os rivais diminuiria drasticamente as chances de terminar a temporada em primeiro lugar na divisão. Todos os ajustes serão bem-vindos para tentar bater a excelente defesa de Indianapolis, e a recuperação da linha ofensiva de Tennessee será vital para que Derrick Henry e Ryan Tannehill consigam conduzir esse ataque.
Os Colts procuram manter o embalo: quatro vitórias nas últimas cinco partidas, sendo as duas últimas contra adversários fortíssimos (Titans e Packers). Phillip Rivers vem de ótima atuação, e o grupo de wide receivers parece estar ganhando entrosamento com o veterano passador. A mente ofensiva de Frank Reich será posta à prova mais uma vez, à medida que o treinador tenta estabelecer o jogo terrestre de forma mais efetiva contra a mediana defesa de Tennessee.
Em um confronto de equipes que cometem poucos erros, os turnovers serão obviamente cruciais, mas o controle do relógio também pode ser decisivo para dar poucas oportunidades ao adversário. Com tanto equilíbrio presente na análise, a probabilidade de vitória acaba sendo “desempatada” a favor de Indianapolis graças ao mando de campo, mas os Titans têm tudo para aproveitar a revanche e, com os ajustes certos, empatar a série contra o rival.
Jacksonville Jaguars (1-9) vs. Cleveland Browns (7-3)
Este duelo marca uma das maiores disparidades da semana, na qual os Browns carregam todo o favoritismo possível, mesmo jogando fora de casa. Com um jogo terrestre assustador, Cleveland deve abusar de Nick Chubb e Kareem Hunt para assegurar a vitória, sem precisar contar muito com Baker Mayfield e o jogo aéreo neste fim de semana. Kevin Stefanski busca a oitava vitória para manter seu time seguro em relação às três vagas de wildcard disponíveis na Conferência Americana.
Os Jaguars, por sua vez, fizeram mais uma troca no posto de quarterback, e vão de de Mike Glennon no domingo. As perspectivas não são nada animadoras, ainda mais considerando o desempenho da defesa em 2020. Os problemas não param por aí: DJ Chark e Chris Conley, dois dos três líderes do time em jardas de recepção estão fora de jogo nesta semana, então o peso do ataque será posto nas costas do WR Keelan Cole e do RB James Robinson. As perspectivas mais positivas para Jacksonville são as possíveis escolhas de QB disponíveis no draft de 2021, e o time de Doug Marrone ainda está forte na “briga” pela primeira escolha geral no ano que vem.
Minnesota Vikings (4-6) vs. Carolina Panthers (4-7)
Um jogo sem muitas ambições em relação à pós-temporada, Vikings e Panthers tem como destaque o reencontro de Teddy Bridgewater contra a equipe que o draftou em 2014. Os Vikings, que evoluíram consideravelmente ao longo do mês de novembro, sofreram uma dolorosa derrota contra os Cowboys na semana passada, o que basicamente afogou quaisquer sonhos em Minnesota. Ainda assim, o bom grupo de playmakers que conta com Dalvin Cook, Justin Jefferson e Adam Thielen promete ter bons números contra a defesa de Carolina, que mais uma vez não deve contar com Donte Jackson.
Os Panthers se encontram em um cenário oposto: após uma longa sequência de derrotas, surpreenderam o Detroit Lions na semana passada com PJ Walker como QB. Agora, com o retorno de Bridgewater, Matt Rhule espera que seu quarterback aproveite da “lei do ex” para explorar a defesa de Minnesota. A ausência de Christian McCaffrey é naturalmente pesarosa, mas Mike Davis tem feito um bom trabalho substituindo o running back estelar. O confronto entre o pass rush dos Panthers e a linha ofensiva dos Vikings será um dos pontos focais deste confronto, e a vantagem nas trincheiras deve ser do time visitante, que conta com Jeremy Chinn, Brian Burns e Shaq Thompson para tirar a paz de Kirk Cousins por todo o jogo. Os Vikings, em casa, têm chances maiores de vencer, mas a redenção de Bridgewater não parece ser uma narrativa nada fantasiosa para este domingo.
Atlanta Falcons (3-7) vs. Las Vegas Raiders (6-4)
A derrota contra Kansas City no último Sunday Night Football foi certamente dolorosa, mas os Raiders seguem de cabeça erguida. A briga pelo wildcard da AFC está acirradíssima, e o time jogou muito bem apesar do resultado. O confronto deste fim de semana é mais acalentador, e o potencial do ataque aéreo de Las Vegas não deve ser alcançado pela fraca defesa de Atlanta. Derek Carr também conta com uma importante válvula de escape em Josh Jacobs, que, apesar de não ter treinado durante a semana, entrará em campo no domingo.
Os Falcons estão no limbo da segunda metade da temporada: quase sem chances de chegar aos playoffs, e sem perspectivas realistas de obterem uma escolha alta o suficiente para escolher um dos principais quarterbacks do próximo draft. Não é também como se Matt Ryan fosse o problema da franquia, já que o veterano tem jogado bem. O problema é claramente maior no lado defensivo da bola: Atlanta é o segundo pior time da liga cedendo jardas aéreas. O cenário não é bom para nenhuma das duas faces do time da Geórgia para esta rodada: com Todd Gurley já garantidamente fora com uma lesão no joelho, os Falcons também têm Julio Jones, Hayden Hurst e Dante Fowler Jr. com status questionável.
Denver Broncos (4-6) vs. New Orleans Saints (8-2)
A surpreendente vitória contra os Dolphins na semana passada não pode iludir muito o torcedor dos Broncos: as chances de repetir o feito neste domingo são bem menores. Inaugurando a segunda janela de jogos de domingo, Denver recebe os poderosos Saints, que agora estão no topo da tabela da NFC. A consistência do jogo terrestre, com Phillip Lindsay e Melvin Gordon dividindo carregadas, tira bastante peso das costas de Drew Lock na condução desse ataque, mas a defesa dos Saints é experiente e especialmente forte contra a corrida. A má notícia, porém, é que Jeff Driskel, um dos quarterbacks dos Broncos, testou positivo para Covid-19 e todo o grupo de QBs da equipe se tornou inelegível para este jogo por terem tido contato, sem uso de máscaras, com Driskel. Quem será o passador da equipe neste jogo ainda é uma incógnita, mas é certo que qualquer plano de jogo que Vic Fangio tinha foi jogado fora com a notícia.
Apesar dos erros na secundária, a defesa dos Saints vem evoluindo e finalmente mostrando toda a expectativa que se criou ao redor desse grupo de jogadores antes do início da temporada. O ataque, com Taysom Hill calando os críticos na semana passada, tem a chance de manter a sequência de vitórias vivíssima, e a recuperação de Alvin Kamara e Michael Thomas reduz a ansiedade do torcedor de New Orleans em mais um jogo sem Drew Brees. Sean Payton tem confiança em seu ataque e, apesar da lesão de Andrus Peat e da ausência de Terron Armstead (Covid-19), a linha ofensiva é de excelente qualidade e pode neutralizar o pass rush de Denver, de Bradley Chubb e cia. Os Saints são amplamente favoritos, especialmente enquanto os Broncos não tiverem um QB listado para a partida..
Los Angeles Rams (7-3) vs. San Francisco 49ers (4-6)
Os 49ers já surpreenderam os Rams com uma vitória na semana 6, mas a repetição do roteiro parece menos provável ainda após seis rodadas. Naquela noite, Jimmy Garoppolo lançou 3 touchdowns e 268 jardas, e George Kittle 7 recepções para 109 jardas e 1 TD. Neste domingo, nenhum dos dois jogadores está disponível para Kyle Shanahan, além de todos os outros desfalques na defesa que têm prejudicado a campanha de San Francisco. Ao invés disso, será Nick Mullens o comandante desse ataque na busca por varrer a série contra os rivais da Califórnia.
Los Angeles, que venceu as duas últimas difíceis partidas após sua semana de bye, contra Seattle e Tampa Bay, lidera a NFC Oeste e está surpreendentemente na briga pela melhor campanha da Conferência Nacional. Com Jared Goff e um comitê de running backs sem nomes de grande porte, quem vem carregando o time de Sean McVay em seu quarto ano como head coach é a defesa. Com Aaron Donald criando caos na linha de frente e Jalen Ramsey fechando a porta na cobertura, os Rams são a segunda melhor unidade defensiva da NFL em termos de pontos cedidos por partida. Caberá a McVay e seu talento nas chamadas ofensivas a redenção de sua equipe contra os 49ers. Com todo o favoritismo que cabe a uma rivalidade divisional tão apertada como a que as duas equipes da Califórnia têm protagonizado nos últimos anos, nas piores e nas melhores fases de ambas, LA tem a faca e o queijo na mão para seguirem na ponta, mas Shanahan pode tomar controle do jogo se conseguir esquematizar pressão para cima de Goff, e se o jogo terrestre de San Francisco for capaz de dominar a defesa de SF, tirando o peso das costas de Mullens.
Tampa Bay Buccaneers (7-4) vs. Kansas City Chiefs (9-1)
Um dos duelos interconferência mais aguardados de 2020, Tampa vs Kansas City terá um destaque especial pelo reencontro entre Tom Brady e Patrick Mahomes. Os Chiefs de Andy Reid e Mahomes chegam com forte favoritismo graças ao potencial explosivo de seu ataque. Até a Semana 11, ninguém marcou mais pontos por jogo do que eles (32,1), nem mesmo os Seahawks, que lideraram essa estatística por muitas rodadas. O retorno do wide receiver Sammy Watkins e do right tackle Mitchell Schwartz são a cereja no bolo para Kansas City, que não tem nenhum atleta listado no injury report da semana 12.
Os Buccaneers vivem um momento oposto ao dos atuais campeões: com duas derrotas nas últimas três partidas, os Bucs perderam a liderança da NFC Sul e correm risco de ficar fora dos playoffs caso percam mais jogos chave neste ano. Nessas duas derrotas, Tom Brady lançou cinco interceptações, o que é um desbalanço grotesco comparado às quatro INTs que teve nas outras nove partidas da temporada. Cabe a Bruce Arians fazer os ajustes certos em seu plano de jogo para que o time proteja melhor a bola, evite turnovers e tenha uma pontuação alta o suficiente para bater os Chiefs. Mike Evans, Antonio Brown, Chris Godwin e Rob Gronkowski precisam estar em sincronia perfeita com seu QB para que os Bucs tenham alguma chance. A defesa de Tampa é muito boa, mas sua maior força, que é conter o jogo terrestre adversário, não será tão útil assim contra um time que corre tão pouco com a bola. Caberá ao coordenador defensivo Todd Bowles a árdua tarefa de produzir pressão com a linha defensiva, gerar desconforto no jogo de Mahomes, e conseguir segurar as pontas na cobertura de passe contra Tyreek Hill e cia.
Green Bay Packers (7-3) vs. Chicago Bears (5-5)
O Sunday Night Football desta semana será estrelado pela mais antiga rivalidade da NFL: Green Bay Packers e Chicago Bears, os gigantes da NFC Norte. Os Packers lideram a divisão com dois jogos de vantagem, mas os Bears seguem à espreita, buscando uma vaga no wildcard ou sonhando em levar a divisão.
É mais provável, porém, que o sonho tenha que esperar (ou que fique para o ano que vem), já que o Nick Foles não deve jogar graças a uma lesão no quadril. O defensive tackle Akiem Hicks é outro possível desfalque importante, já que a defesa é o grande ponto forte do time de Matt Nagy. Será Mitch Trubisky, então, o grande encarregado de derrotar os rivais do Wisconsin, feito que só realizou uma vez na carreira, em cinco confrontos. O jovem QB também tem em jogo uma possível volta permanente à posição de titular: não é difícil imaginar que, caso os Bears vençam e ele tenha uma atuação sólida, Nick Foles passe mais tempo no banco.
Green Bay não tem tempo para nenhuma narrativa que envolva jovens QBs, já que Aaron Rodgers quer apenas vencer e quer fazê-lo o mais rápido possível: com 29 TDs (2° na NFL) e apenas 4 INTs, o veterano é um dos principais candidatos ao prêmio de MVP, e carrega os Packers nas costas como um dos times favoritos ao título. Para realizar o sonho de mais um título de Super Bowl, ele conta com Davante Adams e… não muito mais. Allen Lazard já está saudável e atuando, mas Marquez Valdes-Scantling e Equanimeous St. Brown são dúvidas para este domingo. Caberá a Rodgers, então, escapar da forte pressão do front seven de Chicago, sair do pocket para estender jogadas até que Adams e companhia encontrem espaço livre no campo. Aaron Jones e Jamaal Williams no backfield podem ajudar a aliviar a pressão para o QB, mas é provável que o fardo do favoritismo seja majoritariamente carregado por ele.
Philadelphia Eagles (3-6-1) vs. Seattle Seahawks (7-3)
O Monday Night Football da semana 12 será palco de mais um encontro entre Seahawks e Eagles, que parecem ter cultivado uma certa rivalidade nos últimos anos, especialmente no ano passado. Seattle venceu os dois jogos da última temporada pelo placar de 17-9, sendo o segundo nos playoffs. O jogo da rodada de Wildcard do ano passado foi marcado por um tackle desleal de Jadeveon Clowney em Carson Wentz, que tirou o QB dos Eagles de campo. O fato é que, apesar da jogada infeliz em 2019, os Seahawks têm ampla vantagem no histórico recente desse duelo. Desde que Pete Carroll assumiu o comando da equipe em 2010, foram seis vitórias em seis jogos contra Philadelphia, e o cenário está montado para a sétima. Com literalmente o dobro de vitórias, Seattle tem todo o favoritismo, e ainda conta com os retornos de Shaquill Griffin à secundária, Ethan Pocic à linha ofensiva, e Chris Carson ao backfield. Russell Wilson tem mais uma chance para provar que merece o título de MVP para coroar sua busca pelo segundo troféu Vince Lombardi dele e da franquia do estado de Washington.
Os Eagles têm o dificílimo desafio de parar um dos melhores ataques da liga, enquanto não tem condições ideais para explorar a pior defesa da NFL, que é a de Seattle. A defesa de Philly não tem sido nada além de mediana, enquanto o ataque comete um número assustador de turnovers. O pass rush dos Seahawks pareceria um alívio para essa linha ofensiva, mas a contusão de Lane Johnson apenas acrescenta à já longa lista de ausências na unidade encarregada de proteger Carson Wentz. A ausência de Zach Ertz é outro prejuízo grande mesmo com Dallas Goedert saudável e jogando bem. Ainda assim, Doug Pederson já comprovou em inúmeras ocasiões sua capacidade de tirar coelhos da cartola e vencer jogos improváveis. Retomar a liderança da NFC Leste parece ser incentivo suficiente para sua equipe sonhar com a vitória na segunda-feira.
Pittsburgh Steelers (10-0) vs. Baltimore Ravens (6-4)
Mais um Tuesday Night Football em 2020? Sim, teremos a segunda partida no ano a ser realizada numa terça-feira. Mais uma vez, foi necessário adiar este confronto duas vezes graças aos vários casos positivos de Covid-19 no elenco dos Ravens, prejudicando mais uma vez os Steelers, que já tiveram sua bye week antecipada para a semana 4 devido a um problema com o vírus no elenco do Tennessee Titans.
Os Ravens colocaram 18 atletas na lista de “Covid-19 reserve” nos últimos seis dias, incluindo nomes como o atual MVP, Lamar Jackson e os running backs Mark Ingram e JK Dobbins. Não se sabe ainda quem entrará em campo nesta terça-feira (2/12), mas é muito provável que Robert Griffin III seja o titular de Baltimore na posição de quarterback, e que Gus Edwards monopolize mais o backfield, sem precisar dividir carregadas com Ingram e Dobbins. A realidade é que uma vitória dos Ravens nunca esteve tão distante no horizonte, e não é porque o time carece de peças de reposição no elenco - muito pelo contrário, RG3 é um dos melhores QBs reservas da NFL, e Gus Edwards tem tido bons números em 2020 - mas sim pelo que eles têm pela frente.
O Pittsburgh Steelers é o único invicto ainda de pé, sustentado pela defesa mais aterrorizante da liga, que não demonstra sinais de diminuir o passo. Uma linha defensiva monstruosa, um corpo de linebackers ágil na cobertura e nas blitzes, uma secundária sólida, e uma comissão técnica excelente formam a nova Cortina de Aço do interior da Pensilvânia. Ben Roethlisberger vem tendo um ano discreto, mas eficiente, e o jogo terrestre complementa na medida certa o ataque. A décima primeira vitória é bem provável, mas as lesões de James Conner e Jaylen Samuels acendem um sinal amarelo no ataque chefiado por Mike Tomlin. Felizmente para o torcedor dos Steelers, amarelo é a cor do time, e é difícil que até o incentivo de uma rivalidade tão intensa e a chance de derrubar o último invicto dêem a Baltimore as forças necessárias para superar as adversidades.
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