Sem a categoria de base, o futebol americano no Brasil além de caro, pode parar no tempo
O desenvolvimento de jovens no FABR, além de ajudar o esporte a crescer, pode abrir novas portas<br>
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Para um esporte crescer, ele precisa das crianças. No caso do futebol americano, muitas delas assistindo e praticando. Atualmente, nos Estados Unidos, jovens e adolescentes começam a ter seus primeiros treinos nesta modalidade ainda pequenos. E com tantos anos aprendendo a técnica e como o jogo funciona, apresentam um nível excelente quando chegam no profissional, o que faz com que a NFL continue crescendo - e ganhando dinheiro.
Mas são essas crianças que fazem a roda do esporte girar. E desenvolvê-las é fundamental para renovar o ciclo. Alguns times do futebol americano brasileiro já perceberam isso e começaram a focar, também, no crescimento de adolescentes no esporte. Sim, uma categoria de base, mesmo.
Muitas equipes no Brasil buscam investir em elenco. Contratam jogadores estrangeiros a rodo, mas acabam muitas vezes esquecendo de também desenvolver a base, que pode garantir atletas ainda melhores, no futuro, ajudando o time a ganhar troféus e, quem sabe, ser o formador de um jogador que pode disputar competições fora do país.
As ligas estrangeiras passaram a olhar para o Brasil com um tom de curiosidade, e isso pode dar um leque de oportunidades para jovens que, muitas vezes, não sabem para onde ir. Durval Queiroz Neto foi contratado pela NFL. Ryan Gomes quase foi para a CFL, além de outros jogadores também aptos para o Draft, como Otávio Amorim (que também apareceu no NFL Undiscovered), Klaus Pais, Amilcar Neto e Luis Polastri. Agora, imagine só se a oportunidade a esses futuros jogadores for dada aos 14, 15 anos? Desenvolver esse nível técnico é, também, abrir novas portas para quem quer sonhar longe.
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Mais do que isso, esse desenvolvimento de jogadores ainda jovens, com uma categoria de base que tenha a atenção merecida, pode fazer com que o nível do futebol americano no Brasil apenas cresça, nos próximos anos. Conforme a visibilidade das ligas brasileiras aumentar e as transmissões terem uma qualidade cada vez melhor, jogadores de alto nível, no futuro, poderão ajudar a conquistar fãs não apenas em quem está dentro do ciclo do FABR, mas sim, um fã da NFL, que de acordo com a Kantar Ibope Media, já temos 27 milhões, deles.
Além disso, se os times optarem por continuar focando apenas no elenco principal, é possível que dentro de alguns anos este se torne um esporte com ainda mais dificuldades de se renovar. Jovens precisam entrar e se desenvolver na modalidade para que o futebol americano não pare de crescer e cada vez mais oportunidades sejam apresentadas. Não olhar para a base do FABR - e buscar investir tempo ou dinheiro nisso - é quase que um atestado de falência não apenas da equipe que acredita que focar apenas no elenco principal é o bastante, mas também dos gestores, que verão toda a caminhada de muitos anos de construção, ruir.
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