Além de Zidane, veja outros ‘foras de série’ que tentaram ser técnicos
Lista tem astros como Zico, Beckenbauer, Puskas, Di Stéfano, Maradona, Cruyff e outros
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O francês Zinedine Zidane assumiu nesta semana o comando do Real Madrid. Ele entra agora no grupo dos grandes craques, aqueles que são fora de série, que arriscam na carreira de treinador. Como ele, astros como Didi, Zico, Maradona, Cruyff, Di Stéfano, Beckenbauer, Puskas e outros também tentaram. Alguns com muito sucesso, outros nem tanto. Veja abaixo alguns deles.
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Começando pelos brasileiros... Um dos maiores jogadores da história do país e bicampeão mundial, Didi teve os seus principais momentos como treinador no exterior. Principalmente no Peru. Foi campeão nacional pelo Sporting Cristal, e depois assumiu a seleção, levando a equipe à sua segunda Copa do Mundo e classificando às quartas de final. Foi bem também na Europa. Treinou o Fenerbahçe entre 1972 e 1975 e levou três títulos. Ainda comandou clubes como Fluminense, Cruzeiro, Botafogo, São Paulo e Atlético-MG.
Ídolo de Flamengo e Barcelona, além de uma passagem de destaque pelo Real Madrid, Evaristo de Macedo teve uma carreira bem longa como treinador. Atualmente com 82 anos, o carioca se aposentou pelo Rubro-Negro em 1967 e assumiu o seu primeiro time em 1970, o Bahia. No total, teve oito passagens pelo Tricolor. O Santa Cruz também levou o treinador várias vezes, foram quatro, inclusive em 2007, quando parou. Teve ainda uma passagen entre 1981 e 1983 no Barça, conquistando títulos, e comandou clubes importantes como Fluminense, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-PR, Vitória, Corinthians e Vasco. Treinou rapidamente a Seleção Brasileira em 1985.
Um dos maiores laterais da história do futebol, Carlos Alberto Torres também se aventurou como técnico. Logo na estreia, levou o Flamengo ao título brasileiro, e no seguinte foi campeão carioca pelo Fluminense. Depois passou por equipes como Corinthians, Once Caldas e Monterrey, mas só levantar troféu novamente em 1993, quando conquistou a Conmebol pelo Botafogo. Seu último time foi o Paysandu em 2005.
Maior ídolo da história do Flamengo, Zico já trabalhou como técnico em vários países. Na verdade, nunca comandou dois times do mesmo lugar. Seu primeiro trabalho expressivo foi na seleção japonesa, conquistando a Copa da Ásia e indo ao Mundial. Também levou troféus no Fenerbahçe, no Bunyodkor, no CSKA e no Olympiacos. Agora está no Goa, que disputa a Superliga Indiana.
Falcão estreou como técnico logo na Seleção Brasileira
Outro fora de série que é técnico é Falcão. Grande ídolo do Internacional, teve como primeira experiência logo a Seleção Brasileira, depois da Copa de 1990. Caiu no ano seguinte e foi para o América-MEX e ficou até 1993. Depois comandou rapidamente o Colorado e foi para a seleção japonesa em 1994. Depois disso teve uma longa pausa, chegando a trabalhar como comentarista, e voltou para o time gaúcho em 2011. Depois foi para o Bahia e está agora no Sport.
Maior jogador da história da Argentina, Maradona teve rápidas experiências na década de 1990, e em 2008 assumiu a Albiceleste. Porém, não foi muito bem e caiu nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010. Depois comandou o Al-Wasl, mas também não fez sucesso nos Emirados Árabes Unidos.
Grande zagueiro da história do futebol do país vizinho, Daniel Passarela teve uma importante carreira como treinador. Principalmente pelo River Plate, clube em que brilhou como jogador, e ganhou três vezes o Campeonato Argentino como treinador. Acabou indo para a seleção e foi à Copa do Mundo de 1998. Causou polêmica por não ter convocado Redondo e Caniggia porque tinha cabelos longos. Treinou o Corinthians em 2005.
Apesar de ser mais conhecido por ser o grande craque da história do Real Madrid, Di Stéfano também teve bons momentos como treinador. Começou no Elche em 1967, mas foi no Boca Juniors em 1969 que começou a se destacar, ganhando o Campeonato Argentino e a Copa da Argentina. Retornou à Espanha para dirigir o Valencia e foi campeão espanhol em 1970/71. Também comandou os Merengues em duas oportunidades, e também treinou times como Rayo Vallecano, River Plate e Sporting.
Ídolo dos dois grandes times do Uruguai, vencendo um total de oito Campeonatos Uruguaios, três copas Libertadores e dois Mundiais por Peñarol e Nacional, além de uma passagem pelo Barcelona, Luis Cubilla teve o seu augo como técnico no Paraguai. Apesar de ter treinador times importantes como Newell's Old Boys, Atlético Nacional, River Plate, e o próprio Peñarol, foi no Olimpia que ele fez história. Em cinco passagens, levou oito Campeonatos Paraguaios e duas Libertadores, além de outros troféus.
Bicampeão mundial e eterno ídolo da Internazionale, Giuseppe Meazza, que dá nome ao estádio do clube, também se arriscou como técnico, mas sem o mesmo brilho. Comando os Nerazzurri três vezes, além de clubes menores, como Atalanta e Pro Patria, além de uma passagem pela seleção italiana.
Maior jogador da história da Alemanha, Beckenbauer tem uma carreira curta como técnico, porém vitoriosa. Ao lado de Zagallo, é o único a ser campeão mundial como jogador e treinador. Aposentou-se como atleta em 1983 e assumiu a Alemanha Ocidental no ano seguinte, e levou a Copa de 1990. Treinou ainda o Olympique de Marselha no ano seguinte e foi campeão francês, e levou a Bundesliga e a Copa da Uefa pelo Bayern de Munique. Não trabalha na função desde 1996.
Comandado por Beckenbauer no tri da Alemanha em 1990, Lothar Matthäus foi um craque em campo, mas não brilhou como técnico. Chegou a ter uma rápida passagem pelo Atlético-PR em 2006, mas ficou muito pouco tempo. Treinou ainda Rapid de Viena, Partizan, Red Bull Salbzburg, Maccabi Netanya, além das seleções de Hungria e Bulgária.
Também campeão em 1990 com Beckenbauer, Jürgen Klinsmann também teve como primeiro trabalho a seleção alemã. E tinha como missão comandar a equipe na Copa do Mundo em casa. Apesar de cair na semifinal para a Itália, teve o seu trabalho elogiado, mas deixou a equipe. Treinou o Bayern de Munique por uma temporada, e comanda a seleção dos Estados Unidos desde 2011.
Maior jogador da história da Holanda, Johan Cruyff também teve uma carreira curta como técnico, mas extremamente vitoriosa. Pelo Ajax, ganhou três títulos, mas iria fazer história no Barcelona. Comandou o famoso Dream Team, que teve Stoichkov, Koeman, Romário, Hagi e outros tantos craques. Ganhou a primeira Liga dos Campeões do time, além de quatro Campeonatos Espanhóis e outros títulos.
Outro que estreou na função logo na seleção do seu país foi Frank Rijkaard. Treinou a Holanda entre 1998 e 2000 e ainda comandou a seleção da Arábia Saudita, além de Sparta Rotterdam e Galatasaray. Mas foi no Barcelona que marcou época. Conquistou cinco títulos, entre eles a Liga dos Campeões de 2005/06, no time que marcou época que tinha Ronaldinho Gaúcho, Deco e outras feras.
Marco van Basten foi mais um a estrear na seleção, mas sua carreira na função é discreta. Comandou a Laranja Mecânica entre 2004 e 2008, e depois foi para Ajax, Heerenveen e AZ Alkmaar. Neste último clube, acabou saindo após ter problemas de saúde. Agora é auxiliar na Holanda.
Artilheiro da Copa do Mundo de 1958 com 13 gols, assumiu a seleção francesa em 1967, mas ficou por apenas dois jogos. Comandou ainda Luchon, Paris Saint-Germain poucos anos depois de sua fundação, ficando entre 1973 e 1976. É o quarto técnico com mais jogos no atual time de Ibrahimovic. Depois foi para o Toulouse, e ainda treinou o Marrocos, país em que nasceu.
Maior jogador da história da Hungria e grande ídolo do Real Madrid, Ferenc Puskás tem uma carreira curiosa como técnico. Comandou clubes da América Latina como Colo-Colo e Cerro Porteño, além de outros como Panathinaikos, South Melbourne Hellas, Alavés e Múrcia, além da seleção do seu país. No Paraguai, levou o Sol de América ao primeiro título nacional de sua história.
Histórico jogador do Barcelona e compatriota de Puskas, Laszlo Kubala também foi técnico. Comandou o próprio Barça, além de times como Espanyol, Córdoba, Málaga e seleção paraguaia. Mas ficou mais tempo na seleção espanhola. Ficou de 1969 e 1980, e ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992 pela Fúria.
Irmão um pouco menos famoso, Jack Charlton não seguiu o caçula Bobby no Manchester United, e virou um dos maiores ídolos da história do Leeds United, único clube que defendeu na carreira, com direito a um lugar no hall da fama do futebol inglês, e estava na Copa do Mundo de 1966. Pode não ser tão conhecido no Brasil, mas é muito reconhecido na Inglaterra, e fez carreira de técnico em três clubes: Middlesbrough, Sheffield Wednesday e Newcastle. Depois ficou por uma década na seleção irlandesa.
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