Após início da carreira no Real, Fabinho sonha com Seleção Brasileira
Primeira temporada como profissional foi atuando pelo Castilla, time B merengue. Volante do Monaco ainda aguarda uma chance com a Amarelinha com o técnico Tite
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Atuar na seleção é o sonho de todo jogador. Com Fabinho, não é diferente. O volante do Monaco alimenta a expectativa em toda convocação. Na última lista do técnico Tite, para os jogos contra Uruguai e Paraguai, no último mês, esteve cotado. O treinador, contudo, chamou Casemiro, do Real Madrid, e Fernandinho, do Manchester City.
Fabinho já teve experiência na Seleção Brasileira. A estreia foi em junho de 2015, ainda com Dunga como treinador, na vitória por 2 a 0 sobre o México. Na ocasião, ainda atuava como lateral no Monaco. Ao todo, foram quatro partidas com o ex-comandante e esteve no grupo da Copa América daquele ano, disputada no Chile.
Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o volante espera estar nas próximas listas do técnico Tite para amistosos e jogos das Eliminatórias.
- Estou fazendo um bom trabalho no Monaco. Para esta última convocação eu tinha um pouco mais de esperança do que nas outras pelo meu momento e também da equipe na temporada. Não fui chamado, mas estou tranquilo. Seleção Brasileira é sempre um dos meus objetivos, estou trabalhando para receber uma oportunidade. Não vou deixar a bola cair e continuarei trabalhando e dando o meu melhor aqui no Monaco. Sei que continuar bem e o time conseguir bons resultados, as chances vão aumentar - disse.
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Tite já falou mais de uma vez que o grupo não está fechado. No entanto, a Seleção vem de oito vitórias em oito jogos sob o comando do ex-treinador do Corinthians. Feito que dificulta quem busca uma chance na equipe.
- É difícil achar um espaço em uma equipe que só vence. O Brasil, ultimamente, só tem ganhado. Jogou muito bem contra Uruguai e Paraguai. É como eu disse: vou continuar trabalhando para, quando receber uma chance, estar bem preparado. O futebol brasileiro precisava de uma sequência como esta. Fico muito feliz com as vitórias do Brasil. Mesmo em boa fase, eu posso ter uma chance - afirmou Fabinho, que revelou não ter recebido nenhum contato do comandante e de nenhum integrante da comissão técnica.
INÍCIO COMO PROFISSIONAL NO REAL MADRID
Cria de Xerém, Fabinho não teve oportunidades na equipe do Fluminense. Sem nenhum jogo como profissional do Tricolor, foi emprestado para o Real Madrid, onde ficou, inicialmente no Castilla, o time B dos Merengues.
A estreia como profissional foi em uma goleada do Real Madrid sobre o Oviedo por 5 a 1, em um amistoso de pré-temporada. Ele foi lançado pelo até então treinador José Mourinho. Pelo Campeonato Espanhol, chegou a dar uma assistência para Di María no 6 a 2 sobre o Málaga.
Apesar de ter ficado grande parte do tempo no Real Castilla, Fabinho avaliou sua passagem pelo futebol espanhol como positiva, uma vez que era sua primeira temporada como profissional.
- A minha experiência na Espanha foi muito boa. Foi minha primeira temporada como profissional. Cheguei para atuar no Real Castilla, que jogava a Segunda Divisão do Campeonato Espanhol, uma competição muito disputada. Joguei muitas partidas, foi importante para mim. Tive muito contato também com a equipe principal, treinava bastante com eles, joguei dois amistosos e uma partida oficial - explicou:
- Tive a oportunidade de continuar no Real Madrid. Os diretores me chamaram para conversar, falaram que, a princípio, eu ficaria no time B e no decorrer da temporada eu poderia subir para o principal. Mas veio a proposta do Monaco, com o projeto que estava sendo implantado. Havia chegado muitos jogadores importantes, com nome no futebol mundial, e eu preferi ir para o Monaco. Não sei se foi a melhor escolha, mas as coisas caminharam bem para mim aqui, já é minha quarta temporada aqui. Não me arrependo da minha decisão e estou muito feliz - afirmou o jogador, lembrando das contratações feitas naquela temporada, como Falcao García, James Rodríguez, João Moutinho e outros grandes nomes.
O brasileiro também falou sobre a experiência de trabalhar com José Mourinho.
- Eu tive contato com ele nos treinos do Real Madrid e em algumas oportunidades em jogos. Sempre que ele me via, até nos corredores, perguntava como eu estava, a minha adaptação em Madri, como eu estava vivendo, se estava com a família. Perguntava mais essas coisas, pois sabia que a adaptação poderia ser um pouco difícil para mim. O que via dele nos treinos é que ele era muito tranquilo, falava muito com os jogadores.
DE LATERAL PARA VOLANTE
Fabinho começou a carreira como lateral. Mas o técnico do Monaco, Leonardo Jardim, via potencial no brasileiro como meio de campo. No início desta temporada, os Monegascos contrataram Sidibé, da seleção francesa, e o brasuca passou, definitivamente, a atuar como volante. E com sucesso.
- Essa troca de posição começou há dois anos. Eu jogava de lateral, mas o treinador via em mim alguns traços de meio de campo. Acho que o jogo que ele viu que poderia contar comigo também como volante foi nas oitavas de final da Liga dos Campeões, há dois anos, em uma vitória por 3 a 1 sobre o Arsenal, em Londres, na qual atuei na posição e fui muito bem. No começo desta temporada, em meu primeiro treino, ele falou que estava chegando um lateral da seleção francesa, o Sidibé, e queria contar comigo como meio-campista. As coisas foram correndo bem, a equipe foi indo bem nas competições, consegui destaque como volante e estou adaptado à posição. Estou conseguindo números expressivos, como gols e assistências, melhores até de quando eu atuava como lateral. Ganhei bastante com essa troca, aprendi mais sobre a posição de volante.
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