Caboclo cita estádios grandes e torneio ainda no início para justificar baixo público na Copa América
Dirigente diz que preço de ingressos é 'apenas' 10% maior que os praticados na edição do Chile, em 2015, e que tema está em estudo técnico permanente
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, manifestou-se na noite desta segunda (17) sobre os baixos públicos nos jogos da primeira rodada da Copa América. Em entrevista ao programa "Bem, Amigos", do SporTV, o dirigente salientou o fato de a venda total de ingressos da atual edição superar a verificada na de 2015, no Chile, e relativizou o fato amparando-se no tamanho dos estádios brasileiros e no estágio ainda inicial da competição.
- A venda já ultrapassa tudo que foi vendido no Chile na outra competição. Ainda que exista uma percepção de estádio vazio, ela é em razão do tamanho dos estádios, eles são maiores. E na primeira fase o interesse costuma ser menor. Se compararmos com a edição de 89, a última aqui no Brasil, temos 30% a mais de venda de ingresso com 89.
Na sua argumentação, o dirigente não citou a Copa América centenário, nos Estados Unidos, em 2016, edição especial que antecedeu a atual e bateu recorde de média de público na história do torneio.
Ao responder sobre a política de preços da competição, aspecto mais mencionado no noticiário como responsável por jogos com público pequeno, Caboclo declarou que os "preços foram profundamente avaliados" por processo técnico pelo COL (Comitê Organizador Local) e que estão "apenas" 10% acima dos cobrados no Chile, quatro anos atrás, e 30% abaixo dos praticados na Copa do Mundo de 2014, disputada também no Brasil. O mandatário reconheceu, no entanto, que o assunto está sendo debatido para as próximas rodadas, podendo haver ações para elevar a presença de torcedores nas partidas.
- Esse é um tema que está sendo debatido bastante. Ver lugar vazio em competição dessa qualidade, com grandes partidas, não nos satisfaz. Embora tenha se guardado uma diferença de 30% nos preços em relação à Copa do Mundo, esse é um estudo que a gente está fazendo.