China implementa teto salarial para evitar gastos excessivos no futebol
Clubes terão limite para pagar aos jogadores que atuam no país
A Associação de Futebol da China (CFA) vai adotar, a partir da próxima temporada, algumas regras para a Super Liga Chinesa. Os principais afetados serão os clubes, que terão que aderir a uma série de regulamentos. Um deles é ter um teto salarial, para impedir que exagerem nos pagamentos aos atletas. Os valores ainda não foram informados.
As novas medidas vão de encontro às alterações feitas pela entidade nos últimos anos, que serviram para frear o excesso de gastos dos times, principalmente os da elite chinesa, que desembolsaram verdadeiras fortunas para contratar jogadores e técnicos de primeiro nível do futebol.
Segundo a agência de notícias "Xinhua", a CFA vai restringir injeções de dinheiros nos clubes, além de bônus, taxas de transferências e salários de jogadores.
Assim, os clubes serão obrigados a ter uma contabilidade unificada e padrões de contrato para jogadores. O teto salarial estabelecerá o limite para o que eles poderão gastar com os vencimentos dos atletas.
Até 2019, todos os jogadores que atuam na China precisarão assinar contratos de trabalho. Serão adotados limites de bônus por jogo, cujos valores serão divulgados no início de cada temporada. Pagamentos em espécie e outros tipos de prêmio estarão proibidos.
Além de estimular o futebol local com grandes contratações, a China tem usado o seu poderio financeiro para comprar clubes de fora do país. Casos da Inter de Milão e do Atlético de Madrid.
Os regulamentos entraram em vigor em 2017, com a implementação de um imposto sobre as taxas de transferências de mais de 40 milhões de yuans (R$ 21 milhões) para jogadores estrangeiros e 20 milhões de yuans (R$ 10,5 milhões) para chineses.