Conmebol recupera R$ 220 milhões desviados por ex-dirigentes
Ministério Público da Suíça concordou com reivindicação da Conmebol e ordenou a devolução de quantia de contas abertas por Nicolás Leoz e Eduardo Deluca
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Em decisão anunciada nesta quarta-feira pelo Ministério Público da Suíça, a Conmebol recuperou um valor de 36,6 milhões de francos suíços (R$ 220 milhões). O órgão suíço concordou com reivindicação feita pela Confederação Sul-Americana de Futebol e ordenou a devolução de quantia de contas abertas por Nicolás Leoz e Eduardo Deluca de maneira particular. A informação foi publicada inicialmente pelo Uol e posteriormente apurada pelo LANCE!.
Ao assumir o cargo de presidente da Conmebol, em 2016, Alejandro Domínguez se comprometeu a devolver ao futebol valores que foram desviados do esporte. No mesmo ano, iniciou-se uma auditoria forense. Desde então, a Conmebol foi a única confederação que realizou este tipo de auditoria. Após os escândalos de corrupção que abalaram o mundo do futebol, a Confederação Sul-Americana aplicou mudanças profundas com o objetivo de garantir transparência e proteger o patrimônio do futebol sul-americano.
Estas ações mudaram a percepção de diversos organismos judiciais, fazendo com que a Conmebol deixasse de ser considerada uma "organização criminosa" (2015) para ser uma instituição "vítima" de seus dirigentes. A mudança possibilitou à Confederação solicitar a restituição do dinheiro desviado por diversos dirigentes envolvidos em processos judiciais, conhecidos como "Fifa Gate".
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Os 36,6 milhões de francos suíços recuperados pela Conmebol são procedentes de contas pessoais de Nicolás Leoz e Eduardo Deluca, que haviam desviado fundos da instituição de forma irregular. Em congresso convocado pela Conmebol para novembro, serão prestadas contas desta recuperação e das ações feitas para sua realização. No mesmo instante, também será definido o destino dos fundos procedentes das contas de Leoz e Deluca.
O valor chega para a Conmebol em um momento oportuno, atenuando os duros efeitos financeiros da pandemia da Covid-19 e à rescisão unilateral de contratos de transmissões de competições por parte dos canais Globo e DAZN.
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