Coronavírus: Organização Mundial da Saúde sugere paralisação do futebol europeu até o final de 2021
Em reunião, por teleconferência, entidade apresentou os riscos de uma nova disseminação do coronavírus caso os campeonatos retornem suas atividades nos próximos meses
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O clima no mundo do futebol é de incerteza. Diante de uma pandemia global, ninguém sabe o que está por vir e qual o futuro dos campeonatos. Com isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu à Uefa, entidade que organiza o futebol europeu, por meio de teleconferência, no último dia 16, que as competições internacionais fossem suspensas até o final de 2021 para conter o avanço do novo coronavírus no continente.
Segundo a 'Placar', um ouvinte da reunião, relatou, com exclusividade, que a decisão drástica foi ventilada e o debate entre as entidades foi acalorado. A reunião que teria duração de apenas sessenta minutos, terminou após duas horas, mas sem qualquer resolução encontrada para a atual crise do futebol mundial.
Ao longo da reunião, OMS apresentou a sugestão da medida com a fala de dois epidemiologistas. Foram mostrados os riscos de uma nova disseminação do vírus após o retorno das atividades e a entidade sugeriu a paralisação das competições até o final de 2021. Cabe salientar que a Uefa não é obrigada a aceitar, nem a principal entidade mundial de saúde tem poder sobre o calendário esportivo. Cada federação segue aguardando as orientações não só da OMS, como de seus governos.
A possível medida esquentou a reunião e trouxe o maior medo da Uefa e dos clubes europeus, a questão econômica. O receio de não conseguir sobreviver perante um período tão longo de inatividade, sem jogos, público e bilheteria. De acordo com a consultoria KPMG, o prejuízo das cinco maiores ligas do continente será em torno de 4,1 bilhões de euros (algo como 22 bilhões de reais), caso as rodadas que faltam não sejam realizadas.
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Uma das hipóteses, é que essas partidas aconteçam com os portões fechados, sem a presença de torcedores. No entanto, os clubes terão um alto prejuízo na arrecadação e o risco de contágio entre atletas, comissão técnica e delegações continuaria.
Este é o maior dilema no atual cenário, já que todas as opções podem trazer prejuízos devastadores, e uma possível paralisação dos campeonatos até o fim de 2021 pode acarretar no rompimento de contratos de patrocínio, o que causaria um colapso no futebol mundial.
As entidades não chegaram a um consenso e novas reuniões virtuais devem acontecer nos próximos dias para discutir sobre o futuro do futebol do continente. A confederação europeia de futebol afirmou que quer encerrar a temporada 2019/20 no dia 29 de agosto, incluindo as finais da Champions League e da Liga Europa.
Além disso, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, também anseia cumprir com o calendário e finalizar todas as ligas do continente. Ele acredita que jogar com os portões fechados é a melhor solução no momento, para evitar qualquer propagação e o aumento no contágio da doença. No último domingo, a federação italiana apresentou um protocolo de saúde, que os atletas do país devem seguir para retornarem aos treinos.
- Acredito que existam opções que nos permitam recomeçar os campeonatos e concluí-los. Devemos voltar sem espectadores, porque o mais importante é jogar os jogos - disse Ceferin.
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